Mais de R$ 20 milhões. De janeiro até ontem, esse foi o valor economizado pelos cerca de 35 mil correntistas do Banco Intermedium com a isenção de tarifas oferecida pela instituição aos usuários do serviço Conta Digital. Para levantar esse número, o banco mineiro lançou mão do Tarifômetro, ferramenta por meio da qual consegue apurar, em tempo real, a quantia que seria paga por seus clientes a outros bancos do País para ter acesso ao mesmo produto. O Intermedium estima que, com a sua iniciativa, cada um deles economize por ano em torno de R$ 1 mil.

A Conta Digital é oferecida pelo banco mineiro desde o início do ano passado. Por meio do serviço, o usuário, assim como em uma conta corrente comum, é capaz de realizar todas as transações bancárias necessárias, como transferências, saques, pagamentos, entre outros, só que sem custos e de forma ilimitada. Cobranças como anuidade de cartão de crédito ou mensalidade também ficam fora nesse tipo de pacote.

Executivo de produtos do Intermedium, Ray Chalub destaca que a modalidade digital é completamente isenta de tarifas para todos os correntistas pessoa física. O diferencial, inclusive, tem sido o segredo do banco no que diz respeito ao crescimento da carteira de clientes. "Já são mais de 35 mil clientes com Conta Digital. O aumento desse número tem sido exponencial nos últimos meses, e a previsão do Banco Intermedium, de médio prazo, é alcançar a marca de centenas de milhares de clientes", revela.

Para Chalub, a velocidade com que a instituição tem expandido o seu alcance se deve aos cinco pilares em que se sustenta: experiência do cliente, transparência, segurança, simplicidade e parceria, que contribuem para o que ele classifica como democratização do acesso bancário dos brasileiros.

A iniciativa do Intermedium em medir as tarifas pagas em média pelo consumidor aos bancos teve como inspiração o Dia da Liberdade de Impostos, promovido pela Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL-BH) em junho. O objetivo da campanha da CDLCDL-BH é conscientizar o cidadão sobre a elevada carga tributária praticada no Brasil.

"As pessoas estão cada vez mais conscientes, buscando informação sobre o que estão pagando, se aquilo é justo ou não. Lançamos o Tarifômetro porque entendemos que não é preciso cobrar tarifas dos usuários pelo simples fato de eles terem uma conta bancária, o que por si só já é positivo para a instituição", explica o presidente do Banco Intermedium, João Vitor Menin.

Mercado - O executivo de produtos da instituição, Ray Chalub, explica que, com a ajuda da inteligência e eficiência dos processos internos, o banco mineiro encontrou espaço disponível no mercado para clientes que desejavam um produto de alto valor agregado, mas não estavam dispostos a pagar as tarifas bancárias crescentes. Chalub considera a estratégia correta, na medida em que é possível ganhar mesmo sem a cobrança de tarifas.

"Garantindo a ótima experiência das pessoas ao utilizar nossos produtos, elas nos indicam para os amigos, crescemos nossa base de clientes e ganhamos em economia de escala. Acreditamos que podemos, ao mesmo tempo, ganhar dinheiro e oferecer benefícios para o cliente também. É uma relação ganho a ganho que está no nosso DNA", destaca Ray Chalub.

Em um futuro não tão distante, quem também pode vir a se beneficiar com o serviço são os empresários. Já está em fase de testes no Banco Intermedium a Conta Digital PRO (Professional), que vai estender a pessoas jurídicas benefícios semelhantes aos oferecidos hoje a pessoas físicas. Empresas ligadas à comunidade de startups mineira San Pedro Valley fazem parte desse projeto-piloto. A previsão do banco é de que o produto seja colocado no mercado nos próximos meses.