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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Negócios ) - MG - Brasil - 18-08-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Lojistas contabilizam prejuízos

Quem não está nem um pouco satisfeito com essa invasão de camelôs são os lojistas. Eles reclamam do grande impacto que já sofreram com a queda nas vendas devido à crise econômica e, agora, precisam lidar com mais esse prejuízo. O presidente da Associação dos Lojistas do Hipercentro de Belo Horizonte, Flávio Froes Assunção, afirma que a quantidade de ambulantes na rua está fora de controle. "Cresceu exponencialmente o número de vendedores nas ruas: a cidade foi ocupada, principalmente as ruas São Paulo, Curitiba e Carijós", afirma.

O presidente destaca que a ação é extremamente prejudicial para os empresários, que já sofrem com queda entre 6% a 7% nas vendas nesse primeiro semestre, em relação ao mesmo período em 2015. "É uma concorrência desleal porque eles não pagam impostos. Há quem diga que são pessoas que foram demitidas na crise, mas e os comerciantes? Eles terão que fechar as portas?", questiona.

O presidente da (), , também denuncia a superlotação de vendedores ambulantes na cidade. Segundo ele, muitos se intitulam como artesãos, mas vendem produtos industrializados semelhantes aos vendidos nas lojas.

"Nesse período de crise, a população está olhando preço. Se ela encontra um produto pela metade do valor no camelô, o lojista ainda vai ficar tachado de careiro. Mas ele paga imposto, conta de água e luz, gera emprego e dá garantia do produto", destaca.

Falci destaca que a informalidade pode diminuir o movimento nas lojas e, considerando o atual momento, gerar consequências drásticas, como demissão de funcionários e fechamento dos estabelecimentos. Além disso, o presidente destaca que os camelôs poluem o centro, geram sensação de insegurança e afastam os clientes dos lojistas.

Essa é a principal preocupação do empresário Marcos Innecco, que tem uma loja de colchões na rua Goitacazes. Ele explica que o tipo de mercadoria que vende não tem concorrência com os ambulantes, mas, ainda assim, ele acredita que seu comércio é prejudicado pela presença dos camelôs. "Eles degradam o ambiente e colocam empecilho nesse modal mais importante de mobilidade da cidade, que é a calçada", afirma.

O empresário acredita que os ambulantes têm aproveitado as muitas portas fechadas de comércios que não resistiriam à crise. "Aqui no meu quarteirão seis lojas fecharam as portas: tinha loja de roupa, sapato, sacolão. Vários fatores contribuíram para isso e a informalidade é um deles", diz.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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