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Isto é Dinheiro online ( Colunas ) - SP - Brasil - 13-08-2016 - 12:29 -   Notícia original Link para notícia
"Já saímos do fundo do poço", diz Flávio Rocha, presidente da Riachuelo

Na semana passada, o grupo Guararapes, dono das lojas Riachuelo, apresentou os resultados do primeiro semestre de 2016. Por incrível que pareça, a companhia capitaneada por Flávio Rocha mostrou crescimento em meio a um mercado em plena retração. A receita líquida do grupo, por exemplo, atingiu R$ 2,67 bilhões, 10,4% maior do que a registrada no mesmo período de 2015. Rocha, um dos empresários que mais se posicionaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff, falou à coluna:





O que explica esse resultado diante de um mercado em queda?
Pois é, o setor, de acordo com os números do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), nunca apresentou perspectivas tão baixas como nos primeiros meses deste ano. Foram os piores desde que começamos a medir, há 12 anos. Em abril, por exemplo, a queda foi de 10,9%, nunca havíamos anotado uma taxa negativa de dois dígitos. A Riachuelo conseguiu crescer em meio a esse cenário porque revertemos os resultados das lojas que estavam negativas, fruto de um investimento no nosso novo centro de distribuição em Guarulhos (SP).



O que mudou? 
Mudamos de um sistema de grade para um sistema SKU. Investimos R$ 250 milhões nisso nos últimos dois anos e, a partir de 31 de agosto, finalizaremos a transição completa para esse novo sistema. Ele nos permite fazer reposições diárias nas lojas. Para você ter uma ideia, isso pode ser percebido visualmente nas lojas. No sistema de grade, que trabalha de acordo com a expectativa de venda, uma loja com 100 mil peças tinha no máximo 8 mil alternativas de produtos. No sistema SKU, consigo aumentar a minha variedade para 100 mil alternativas e repor rapidamente.

Qual é a sua expectativa com 2017?
O ano que vem será de retomada. Em 2014, inauguramos 45 lojas, em 2015, foram 35, e, neste ano, serão sete ou oito lojas. Há um investimento represado que será retomado no próximo ano. Já saímos do fundo do poço.



O senhor foi um dos maiores críticos do governo de Dilma Rousseff e defendeu abertamente o impeachment. Como avalia o governo de Michel Temer?
Eu sou um entusiasta do programa Ponte para o Futuro, apresentado pelo PMDB, e espero que o presidente Temer bote em prática.  Torço para que essa relativa relutância em adotar as medidas previstas no programa seja em decorrência da interinidade. Nem sempre as medidas mais duras serão de consenso com a sociedade. Se depender sempre do consenso, não vai conseguir.



Qual medida o senhor lista como crucial para o País?
Sem dúvida, a reforma da previdência. O que temos hoje é uma jabuticaba e isso precisa ser resolvido.



O senhor acredita que a Dilma volta para a presidência?
Não vejo esse risco.

(Nota publicada na Edição 980 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Carlos Dias e Hugo Cilo)


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