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Portal Hoje em Dia (MG) ( Primeiro Plano ) - MG - Brasil - 10-08-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Varejo sofre baixa de 4,9% no primeiro semestre

Apesar de apresentar um pequeno respiro de 0,1% em junho frente a maio, o comércio varejista segue em queda em Minas. No acumulado do primeiro semestre, a baixa foi de 4,9% no chamado comércio ampliado, que inclui veículos e material de construção. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados ontem.

Na comparação com o mesmo mês de 2015, a retração foi de 3,9%. "O resultado positivo de junho em relação ao mês anterior significa que o setor está sofrendo menos. Mas não é ainda um sinal de recuperação", afirma o analista do IBGE Minas, Antônio Braz. Ele explica que a tendência é que o comércio feche o ano com resultado negativo no Estado.

E essa tendência de queda tem ligação direta com a menor propensão ao consumo. Os dados mostraram que, em Minas Gerais, apenas os segmentos que vendem produtos básicos apresentaram resultados positivos.

É o caso dos supermercados e farmácias. No acumulado do primeiro semestre, a alta na venda dos super e hipermercados foi de 1,3%. Os produtos farmacêuticos apresentaram alta de 6,8% no período.

"A venda de itens básicos cresce mesmo com a crise por causa de dois fatores. Primeiro porque as pessoas não deixam de consumir. E segundo porque segue o aumento populacional", afirma Braz.

Ampliado

Na outra ponta estão os segmentos de veículos, motocicletas e peças e comercialização de materiais de construção, ambos apresentando queda de 11,5% no período.

Na capital, os materiais de construção seguiram a mesma lógica de queda. Segundo dados divulgados ontem pela de Belo Horizonte (/BH), as vendas caíram 1,52% no primeiro semestre. Em junho frente ao mesmo mês do ano passado, a retração foi de 1,30%.

Os setores que tiveram a maior queda no semestre foram máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,21%); papelarias e livrarias (-1,95%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-1,71%).

"A inflação em alta, os juros, o desemprego e a inadimplência elevados são uma mistura que desmotiva o consumo", justifica a economista da /BH, Ana Paula Bastos.

Até mesmo o Dia dos Pais deverá ser negativo, com uma queda esperada de 1,24% em Belo Horizonte, prevê a entidade.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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