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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 10-08-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Vendas recuam 1,5% na Capital

Projeções são de retração de 2,97% nas vendas neste ano na comparação com 2015/Alisson J. Silva

As vendas do comércio varejista da capital mineira caíram 1,52% no primeiro semestre deste ano sobre o mesmo período de 2015. O resultado é fruto da atual conjuntura econômica nacional que tem pressionado o orçamento dos consumidores e limitado os recursos disponíveis para o consumo. Os dados são do Termômetro de Vendas da de Belo Horizonte (-BH).

Apesar do resultado negativo, a economista da entidade, Ana Paula Bastos, ressalta a melhora do índice em relação ao registrado na mesma época do exercício passado sobre o ano anterior. Naquela ocasião, a baixa nos níveis de comercialização chegou a 3%. Segundo ela, a pequena melhora é algo a se destacar.

Este resultado pode ser positivo para o comércio, pois a menor desaceleração na queda nas vendas pode indicar um fôlego para o segundo semestre de 2016. Conforme a economista, é aguardada baixa de 2,97% nas vendas do acumulado deste ano frente ao exercício anterior. Na comparação do acumulado de 2015 com 2014 a retração chegou a 4,34%.

"Já era esperada retração, em virtude da série de fatores que estão influenciando os níveis de consumo. O principal deles diz respeito à alta inflação, que está elevando o custo de vida das pessoas. Além disso, há também o grande volume de desemprego, o aumento da inadimplência e as taxas de juros elevadas", explica.

Diante da situação, conforme a economista, as pessoas estão mudando seus hábitos de consumo, priorizando itens de menor valor agregado, buscando alternativas de pagamentos e evitando gastos desnecessários.

Prova disso é que os setores com destaques positivos no volume de vendas nos primeiros seis meses deste ano foram artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (0,98%); supermercados e produtos alimentícios (0,57%) e drogarias, perfumes e cosméticos (0,38%).

"Os supermercados e produtos alimentícios incluem itens de primeira necessidade. Os demais são produtos de baixo valor agregado", justifica.

Na outra ponta, os setores que apresentaram queda na mesma base de comparação foram: máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,21%); papelarias e livrarias (-1,95%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-1,71%); ferragens, material elétrico e de construção (-1,1%) e veículos novos e usados - peças (-0,23%).

Ainda de acordo com o Termômetro de Vendas da -BH, as vendas do varejo da capital caíram 1,3% em junho na comparação com o mesmo período do ano anterior.

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IBGE - Na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o varejo registrou queda de 1,1% em Minas Gerais. Embora negativo, o número foi bem melhor do que a média nacional: -7%.

Na série dessazonalizada, o comércio varejista mineiro teve crescimento de 0,5% entre maio e junho de 2016, frente a uma variação de 0,1% da média do País. O resultado do comércio mineiro foi o nono melhor entre as 27 unidades da federação. Com isso, o nível de atividade do comércio no Estado encontra-se 5,1% abaixo do ponto máximo da série, verificado em novembro de 2014.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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