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Portal EM ( Economia ) - MG - Brasil - 26-07-2016 - 11:23 -   Notícia original Link para notícia
Com inflação mais alta do país, consumidor em BH está endividado

Pesquisa divulgada neste terça-feira pela /BH revela que aumentou em 6,28% as contas em atraso na capital mineira. A mostra é de junho deste ano, se comparado com igual período com igual período de 2015


 Estado de Minas


(foto: Arte/Soraia Piva)
O custo de vida em Belo Horizonte explodiu no primeiro semestre deste ano. A inflação de Belo Horizonte é a maior entre as 13 capitais pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice acelerou em junho, última amostra do IBGE, para 0,66%, quase o dobro da média nacional de 0,35%. Nesta terça-feira, oura pesquisa, dessa vez da de Belo Horizonte (/BH) revela que a alta dos preços na capital mineira está comprometendo o orçamento familiar, com aumento de 6,28% no número de dívidas em atraso, em junho, se comparado com o mês do ano anterior.


O crescimento é o maior dos últimos quatro anos, para essa mesma base de comparação. Nos anos anteriores, o índice de débitos em atraso foi de 2,52%, em 2015; 1,46%, em 2014; e caiu 0,32%, em 2013.

O vice-presidente da /BH, Marco Antônio Gaspar, destaca que rombo no orçamento pode ser crditado não só ao aumento dos preços."O que também contribuiu com o acúmulo dessas dívidas foi à elevação da taxa de juros. Pois a cada dia de atraso o débito fica mais caro, fator que enfraquece a capacidade de pagamento dos belo-horizontinos", completa.

Queda
Apesar da alta em junho deste ano, se comparado com o mesmo mês em 2015, o número de dívidas em atraso apresentou um recuo de 0,18%. "Essa queda é reflexo dos consumidores que após quitarem as despesas de início do ano como o IPVA e o IPTU, conseguiram organizar o orçamento para quitar outros débitos", disse Gaspar.

(foto: Arte/Soraia Piva)
Em junho , os homens foram responsáveis pelo maior crescimento das dívidas em atraso na capital (6,31%), na comparação com o mesmo mês de 2015. Esse índice ficou em 5,63% entre as mulheres. Segundo o vice-presidente da /BH o público masculino geralmente é responsável pelas compras de maior valor agregado. "Com a piora dos indicadores econômicos, esses consumidores precisam ficar mais atentos ao planejamento financeiro para evitar o acúmulo das dívidas", explica.

Idosos
Por faixa etária, os idosos registraram a maioria (30,57%) das dívidas em atraso em junho frente ao mesmo período do ano anterior. Para Gaspar, a combinação de aumento dos gastos com planos de saúde e remédios e da redução na renda devido à aposentadoria tem levado muitos consumidores acima dos 65 anos a acumular débitos.

Inadimplentes
Já o número de pessoas inadimplentes na capital cresceu 5,62% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O aumento é o maior dos últimos quatro anos, para essa mesma base de comparação. O vice-presidente da /BH acredita que essa alta da inadimplência é o reflexo da piora dos indicadores econômicos e, sobretudo da deterioração dos níveis de emprego. "Com a perda da renda mensal, o consumidor que não planejou suas finanças acaba tendo mais dificuldades em equilibrar seu orçamento", afirma.

Quando comparado com o mês imediatamente anterior, o número de inadimplentes apresentou queda de 0,01%. "Embora pequena, a retração demonstra o impacto positivo da desaceleração da inflação em junho (0,30%) frente a abril (0,78%) sobre a renda das famílias", disse Gaspar.

Recuperação de crédito
O número de consumidores recuperando o crédito na capital registrou queda de 5,35% no acumulado do ano (Jan.16-Jun.16). Na comparação com junho de 2015, esse índice teve queda de 0,55%. Quando comparado com o mês imediatamente anterior, a retração na renegociação de dívidas foi de 1,06%.

Segundo o vice-presidente da /BH a queda desses índices aponta o efeito negativo da desaceleração da economia sobre o orçamento familiar. "A capacidade de pagamento de muitas pessoas está enfraquecida. Com isso, boa parte dos consumidores tem focado seus recursos para a subsistência da família, deixando de quitar dívidas antigas", finaliza.

Com informações da /BH


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