A crise econômica não vai impedir que os belo-horizontinos presenteiem no Dia dos Pais, mas, assim como ocorrido nas outras datas comemorativas deste ano, os gastos deverão ser mais contidos. De acordo com pesquisa realizada pela de Belo Horizonte (-BH), 69,3% dos consumidores da Capital que presentearam em 2015 afirmaram que o valor neste ano será menor. A inflação alta é o principal motivo para a intenção de redução, conforme 53,77% dos entrevistados.
O tíquete médio esperado para a data, segundo a pesquisa, porém, é de R$ 115,68, quantia superior a apurada no ano passado (R$ 105,67). O aumento no valor é explicado pelos efeitos da inflação, que, nos últimos 12 meses, atingiu 8,24% em Belo Horizonte, segundo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"O tíquete médio deste ano está 9,47% maior na comparação com 2015. O motivo para essa elevação é que, devido à pressão inflacionária, as pessoas devem gastar mais para adquirir o presente deste Dia dos Pais", explica o presidente da -BH, . A maioria dos belo-horizontinos entrevistados (56,7%), no entanto, afirmou que vai desembolsar até R$ 100.
As roupas, como sempre, predominam entre os itens preferidos dos consumidores da Capital e aparecem como intenção de presente de 38,0% dos entrevistados. Outro grupo que ganhou espaço na lista de compras dos belo-horizontinos foram os acessórios (carteira, cinto, meia, gravata), apontados por 17,6% como opção. Em tempos de crise, esses produtos são vistos como uma boa saída no que diz respeito ao preço. Os calçados, na preferência de 15,9%, vêm em terceiro lugar.
O gasto médio para o consumidor que quiser presentear com roupas é estimado em R$ 95,05, enquanto o custo com algum acessório deve sair em torno de R$ 71,97. Os calçados são a opção com maior preço médio segundo a pesquisa: R$ 142. Material esportivo e perfume/hidratante ficarão na margem de R$ 114,17 e R$ 92, respectivamente.
Pagamento à vista - A maioria dos moradores da capital mineira (76,7%) disse que pretende pagar o presente do Dia dos Pais à vista. A escolha é explicada pelo medo em contrair dívidas a longo prazo em época de crise econômica. Esse comportamento do consumidor, segundo o vice-presidente da -BH, Marco Antonio Gaspar, já vem sendo constatado nas últimas pesquisas e pode ser utilizado como um ponto a favor pelos empresários, que têm demorado para perceber o fenômeno.
"O consumidor quer pagar à vista, a grande maioria, e os empresários ainda estão apostando na maior parte das vendas como parceladas, não estão entendendo muito esse fenômeno. O consumidor tem preferido descontos e melhores condições de preço a fazer o parcelamento. Isso é uma dica que os comerciantes não estão entendendo", destaca Gaspar.
O preço, aliás, é o fator que mais chama a atenção do belo-horizontino na hora da compra, segundo 26,4% dos entrevistados, seguido da qualidade do produto (16,7%) e o bom atendimento (10,4%). A maioria dos consumidores (97,3%) afirma que não vai recorrer a terceiros para adquirir o presente. As lojas de rua devem ser procuradas por 51,9% dos consumidores.
Além do presente, 75% dos entrevistados disseram que pretendem comemorar o Dia dos Pais com algum evento. O almoço em casa/churrasco com a família é citado pela maioria: 57,8%. O gasto médio com a comemoração, de acordo com a pesquisa, deve ficar em R$ 97,66.
Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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