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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 20-07-2016 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
FMI faz previsão de dias melhores para o Brasil

Novo levantamento do Fundo Monetário Internacional indica crise mais branda para o país e retorno do crescimento do Produto Interno Bruto já no ano que vem
Nova York - Apesar da recessão ainda em curso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) traçou um cenário mais alentador para a economia brasileira. A instituição fez uma revisão nas suas expectativas e agora prevê uma crise menos severa este ano. E a volta do crescimento já é esperada para 2017. A projeção é que o Produto Interno Bruto (PIB) do país tenha contração de 3,3% em 2016, menos do que o previsto quando o Fundo fez sua reunião em abril em Washington e esperava queda de 3,8%. Para o ano que vem, a aposta é de expansão de 0,5%, ante crescimento zero projetado anteriormente, de acordo com relatório de atualização de projeções divulgado ontem.

É a primeira vez que o FMI melhora as previsões para o PIB do Brasil desde julho de 2012. Desde aquele ano, a cada novo relatório, os economistas da instituição vinham cortando as estimativas de crescimento do país, que sempre figurava na lista dos piores desempenhos econômicos entre os principais economias do mundo.

A avaliação do FMI é de que os índices de confiança no Brasil, que recuaram para mínimas históricas, parecem ter atingido o fundo do poço. Além disso, a contração do PIB no primeiro trimestre de 2016 foi mais suave que o previsto, de acordo com o relatório. "A atividade no Brasil dá alguns sinais preliminares de moderação", destaca o documento. No ano passado, a economia brasileira teve contração de 3,8%, o pior desempenho entre os maiores mercados emergentes. O PIB da Rússia, outro mercado em recessão, registrou queda de 3,7% e este ano deve cair 1,2%, também menos severo que o estimado anteriormente (-1,8%).

Apesar da melhora das previsões, o FMI ressalta que a incerteza política permanece no Brasil e coloca "nuvens" no caminho do país. Pelas projeções, o Fundo ainda está mais pessimista sobre a conjuntura do que o mercado financeiro brasileiro. O Boletim Focus do Banco Central, que reúne as médias das estimativas, prevê contração de 3,25% para o PIB deste ano e avanço de 1,1% em 2017, mais que o dobro do estimado pelo FMI.

A América Latina, por conta da revisão para cima das previsões do Brasil, também teve as projeções do PIB melhoradas. Em 2016, a contração deve ficar em 0,4%, ante queda de 0,5% prevista no relatório de abril. Em 2017, a região deve voltar a crescer, expandindo 1,6%, ante alta de 1,5% do documento anterior. O FMI alerta que entre os fatores de risco para a América Latina está a epidemia do zika vírus.

PARA O PLANETA Já em relação à economia mundial, o FMI anunciou uma revisão levemente em baixa de sua expectativa do crescimento: neste ano a alta deve ser de 3,1%, em função da decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia, o chamado Brexit. O mesmo quadro de incertezas ainda deve limitar a expansão do PIB mundial a 3,4% em 2017. Trata-se de uma revisão em baixa de 0,1 ponto percentual em relação às previsões anunciadas pelo FMI em abril.

Inadimplência

Calote de

empresários

cresce 14,9%

Está maior a dificuldade dos empresários mineiros para pagar suas contas. A inadimplência de pessoas jurídicas no estado aumentou 14,94% em junho, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O crescimento é o maior dos últimos quatro anos para essa base de comparação. Em 2015, a expansão no número de empresas inadimplentes foi de 10,86%, enquanto nos anos de 2014 e 2013 esses índices foram de 10,77% e 14,36%, respectivamente. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) das Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) em Minas Gerais. A desaceleração da atividade econômica é indicada como a responsável pela queda do faturamento das empresas mineiras o que reflete, diretamente, na capacidade dos empresários em honrar seus compromissos.

A crise também tem afetado os consumidores mineiros. Os dados do SPC das 's de Minas Gerais mostram que a inadimplência dos clientes também cresceu, registrando em junho alta de 5,27% frente ao mesmo período de 2015. Para o presidente da /BH, , o enfraquecimento da capacidade de pagamento dos mineiros é reflexo da piora dos indicadores econômicos. "A inflação alta tem corroído a renda dos consumidores. Além disso, a média salarial das famílias está menor devido ao aumento do desemprego", explica.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, CDL
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