De janeiro a maio, setor varejista de BH teve ritmo mais brando de queda e recuou só 1,56% Apesar de ainda ter resultado negativo nas vendas do setor varejista na comparação com o ano passado, a retração foi menor no acumulado de 2016, segundo o Termômetro de Vendas da de Belo Horizonte (/BH), divulgado ontem. O recuo foi de 1,56% até maio, retração menor na comparação com o acumulado do ano verificado em abril quando a queda foi de 1,80%.
O presidente da entidade, , explica que a desaceleração da queda nas vendas em maio nesse tipo de comparação pode ser o indício de um fôlego para o setor neste segundo semestre do ano.
No comparativo de maio contra abril do mesmo ano, o resultado foi positivo, com alta de 0, 95%. O desempenho foi melhor do que igual análise feita em 2015, quando a comercialização teve incremento de 0,76%.
O vice-presidente da -BH, Marco Antônio Gaspar, observa que o quinto mês do ano é sempre melhor que o mês anterior em razão do Dia das Mães, que é a segunda data do varejo em vendas, perdendo apenas para o Natal. "Embora seja um dado positivo, historicamente, o incremento é menor que o verificado em outros anos antes da crise", diz. Em 2012, por exemplo, a alta foi de 5,36%. E chegou a 8,60%, em 2009.
O gerente da loja especializada em calçados femininos Rafa's Rafael César de Almeida disse que maio foi um mês de resultados positivos no conjunto das sete lojas - sendo seis em Belo Horizonte e uma em Santa Luzia. Em maio frente ao mês anterior, as vendas cresceram 50%. Na comparação com maio do ano passado, a alta foi de 10%.
Ele afirma que o Dia da Mães aliado ao aumento do frio ajudaram as lojas a vender mais sapato. "O mesmo aconteceu com muitas lojas de roupa", observou.
Almeida espera melhora dos negócios em julho, influenciado pela promoção que começou ontem. "É uma promoção para acabar com o estoque, com descontos que chegam a 70%", diz. Antes da ação, o resultado deste mês era de estabilidade nos negócios na comparação com igual período de 2016.
O proprietário da Total Calçados Rafael Rocha conta que julho começou bem nas três lojas da rede. "O ritmo está melhor que o primeiro semestre. Acredito que o consumidor está um pouco mais confiante", analisa. Para ele, o segundo semestre deve ser de "respiro" para o varejo. Entretanto, a retomada dos negócios de forma mais consistente só deve acontecer no prazo de dois anos. "Precisamos ter uma definição política", frisou.
Na Total, maio foi de queda de 1,83% frente ao mesmo mês de 2015, sem considerar a inflação do período. Já na comparação com abril deste ano, o empresário verificou alta de 21%. "Maio é sempre melhor que abril. Afinal, é o mês do Dia das Mães. Só que em 2015, o resultado foi melhor, com alta de 29%", observou.
Levantamento
Pesquisa. O comércio varejista mineiro apresentou estabilidade em maio frente a abril 2016 (série dessazonalizada), enquanto média do país, a queda foi de 1% segundo dados do IBGE.
Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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