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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 13-07-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Em BH, variação foi negativa em 1,97%

O menor volume de vendas no Dia das Mães impactou diretamente o resultado do comércio na capital mineira em maio. De acordo com a pesquisa Termômetro de Vendas, da de Belo Horizonte (-BH), a atividade apresentou queda de 1,97% no quinto mês do ano, na comparação com o mesmo período de 2015, o pior percentual para maio desde 2008. Por trás desse cenário, novamente, estiveram o desemprego, a inflação elevada e as altas taxas de juros, que serviram para desestimular o consumo não só na região, mas em todo o Brasil.

Os segmentos de produtos de maior valor agregado, como veículos novos e usados (-3,62%) e máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-3,29%), foram os que tiveram o desempenho mais desfavorável frente a maio do ano passado. Quem surpreendeu no mês e também apresentou resultado negativo foi o grupo dos supermercados e produtos alimentícios (-1,52%), que, apesar de representar um nicho de itens considerados básicos, não resistiu às consequências da desaceleração na economia. Drogarias, perfumes e cosméticos ( 3,99%) e artigos diversos ( 0,33%) foram os únicos setores que tiveram aumento na comercialização na mesma base de comparação.

O vice-presidente da -BH, Marco Antonio Gaspar, destaca que o aumento dos gastos dos belo-horizontinos com alimentação em 2016 é um fator novo que também tem interferido no nível de consumo na Capital. "Os custos básicos de uma família aumentaram muito neste ano, e não tem jeito de parar de comprar alimentos. Com isso, as pessoas acabam deixando de adquirir outras coisas para poder consumir os produtos mais essenciais", avalia.

Frente a abril, o crescimento nas vendas dos segmentos drogarias, perfumes e cosméticos ( 3,82%) e tecidos, vestuário, armarinho e calçados ( 1,09%) - que pode ser relacionado ao Dia das Mães - contribuiu para a alta de 0,95% do comércio na Capital. Apesar de positivo, o resultado ainda não significa uma retomada do fôlego da atividade, conforme explica Gaspar.

"É tradicional maio vender mais que abril por causa do Dia das Mães. De certa forma, esse indicador é até ruim, porque cresceu pouco. Em anos anteriores, esse comparativo costumava ser maior: já tivemos crescimentos em torno de 7% no período. Em 2015 e 2016, a alta foi menor, o que indica que a data foi menos importante do que deveria ser".

No acumulado do ano, de janeiro a maio, a atividade registrou queda de 1,56% em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo negativo, o indicador mostrou uma pequena melhora na comparação com o acumulado até abril, quando havia sido de -1,80%. Apesar de torcer pela recuperação da atividade no restante do ano, Gaspar crê que até que haja uma definição com relação ao processo de impeachment, o cenário econômico não deve sofrer mudanças significativas.

"Acreditamos que somente no quarto trimestre deve haver alguma melhoria no comércio, em função de já termos uma decisão sobre o impeachment. Então, as coisas começarão a se acertar. A partir daí, a gente vai poder analisar melhor esse quadro".


Um setor que surpreendeu no mês das Mães foi o de supermercados, recuo de 1,52%/Alisson J. Silva


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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