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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 02-07-2016 - 10:29 -   Notícia original Link para notícia
Protesto é suspenso em shopping popular

Lojistas reabrem as portas, à espera de proposta de acordo prometida por empreendedores e a Prefeitura para reduzir custos de manutenção


Alessandra Mello e Graziela Reis



Na quinta-feira, comerciantes trocaram o caixa pela manifestação nas ruas, pedindo a revisão dos aluguéis e da legislação sobre a transferência dos camelôs



Os lojistas dos shopping populares da Região Central de Belo Horizonte decidiram suspender temporariamente o movimento que começou na quinta-feira em protesto contra o alto custo de manutenção dos negócios nos centros de compras. Ontem, eles se reuniram com representantes dos donos dos shoppings e também da Prefeitura Municipal para tentar resolver o impasse. Ficou acertado que dentro de 15 dias será realizada nova reunião para apresentação de uma proposta que atenda às reivindicações dos lojistas.


O protesto, anteontem, fechou os principais shoppings populares da área central de BH e parte do comércio da avenida Oiapoque e da rua Curitiba. Os lojistas querem a revisão dos valores dos aluguéis e das multas e taxas cobradas pelos proprietários dos imóveis onde as lojas funcionam e também da lei, aprovada em 2005, que regulamentou a operação urbana da transferência dos camelôs para os shoppings populares.


De acordo com Gilson Lima, da União dos Lojistas dos Shoppings Populares, se não houver uma proposta satisfatória o movimento será retomado por prazo indeterminado. Depois de um dia inteiro fechadas, as lojas voltaram a funcionar normalmente ontem.


Sublocação A reunião de conciliação foi vista como positiva para o proprietário do Shopping Oi, Mário Valadares. Segundo ele, apesar de o poder público municipal não ter nenhum direito ou obrigação de intervir no negócio dos shoppings populares da capital, a ideia de promover uma discussão apenas entre os advogados das três partes - locadores, locatários e sublocatários - pode levar a um bom resultado para todos. "Vai haver um conhecimento legal do que está sendo tratado. Assim ficará melhor para não haver nenhum mal-entendido e para que ninguém sinta-se ludibriado", afirma.


Para o empresário, o ponto de atrito entre as partes está no custo do aluguel cobrado pelos sublocadores. Valadares conta que enquanto a locação de um boxe custa R$ 1,7 mil, acrescidos de R$ 500 a título de taxa de condomínio, as pessoas que locam os espaços para terceiros cobram outros R$ 4 mil. Dos 800 boxes do Oi, 250 estão sublocados. Ele diz que o valor já foi reduzido em 30%. "Os sublocadores, que compraram os boxes como forma de investimento, se negam a diminuir", afirma. Com isto, cria-se o entrave, segundo Valadares. Se houver consenso pela redução, o proprietário do Shopping Oi diz que poderá promover nova queda nos valores das locações. É o que os advogados das partes deverão discutir.


De acordo com Valadares, ontem, o funcionamento do mais antigo shopping popular de BH, inaugurado em agosto de 2003 e que recebe cerca de 10 mil consumidores por dia, foi normal. Na comparação com igual período do ano passado, a queda no fluxo de clientes do centro de compras foi de cerca de 6%. Ele não soube informar qual foi a redução no movimento de vendas, mas diz acreditar que o estacionamento com 250 vagas a preço subsidiado, inaugurado no sábado, vai ajudar a alavancar os negócios dos comerciantes. A primeira hora custa R$ 3, bem abaixo dos R$ 12 cobrados, em média, na região.


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