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Estado de Minas Online ( Negócios e Oportunidades ) - MG - Brasil - 19-06-2016 - 12:11 -   Notícia original Link para notícia
Comércio diversificado


Papelaria Bikas, no Bairro Sion: com duas lojas na cidade, empresa está há 30 anos no mercado

As férias ainda não chegaram, assim como o segundo semestre. Porém, muitos pais já vão se programando para as compras do material escolar. E é melhor se antecipar pois isso evita correria de última hora e preços mais altos quando a demanda for maior. Por outro lado, enquanto alguns empresários de vários setores lamentam a crise pela qual o país está passando, outros continuam crescendo e expandindo seus negócios, como é o caso da Livraria Leitura, que hoje tem rede com 64 lojas. Comemorando 49 anos, ela emprega cerca de 1,9 mil pessoas. "Assim como a economia em geral e, particularmente, o varejo, o crescimento de venda nos últimos anos não tem se repetido. Este ano tem sido duro, mas confiamos na melhora dos negócios e seguimos investindo no comércio", diz Vânia Bernardes, sócia administrativa da Leitura BH Shopping.

A loja trabalha com produtos de cultura e entretenimento, como livros, presentes, CDs, DVDs, Blu Ray, material de informática, papelaria, games, brinquedos e quadrinhos. "A livraria continua sendo o carro-chefe, com grande destaque para a papelaria durante o período de volta às aulas. O grupo 'presentes' vem crescendo bastante nos últimos anos. Temos um mix de produtos mais abrangente e um atendimento personalizado por segmento, ressalta Regina Pacheco, que também é sócia na Leitura BH Shopping.


Rui Barreto, sócio da Livraria e Papelaria Opus, lamenta a concorrência da internet e de outros segmentos que oferecem produtos com preços abaixo do mercado
Há 18 anos no mercado, Vânia acredita que é preciso muito conhecimento sobre as particularidades do ramo. "A chamada 'cauda longa' é de difícil administração e uma barreira de entrada importante, tanto que o setor é fundamentalmente formado por empresas maduras, a maioria com mais de 30 anos de existência. Neste momento, o ambiente de negócios não é auspicioso, mas acreditamos que, com o conhecimento necessário sobre o setor, as nuances do varejo ainda nos oferecem oportunidades. O brasileiro está aumentando sua escolaridade e ainda lê relativamente pouco, se compararmos com países de economia menos relevante."

A empresária revela que os sócios continuam com o objetivo de ampliar o negócio. "Estamos sempre procurando oportunidades, estudando os mercados mais carentes e quando as condições nos parecem apropriadas, nem mesmo a conjuntura econômica adversa tem segurado nossa vontade de seguir crescendo. Está difícil fazer previsões neste ano, mas, provavelmente, teremos crescimento pequeno, entre 3% e 5%, dependendo do comportamento do segundo semestre. Excetuando as dificuldades do momento econômico, como dito, é a quantidade de conhecimento necessário para a administração das particularidades do varejo e das livrarias em particular, como a 'cauda longa'."


Regina Pacheco, sócia da Leitura BH Shopping, ressalta o mix de produtos mais abrangente e atendimento personalizado por segmento
Para Regina é muito gratificante saber que a Leitura está contribuindo para a cultura e o conhecimento, num país com tanta diversidade cultural, mas poucos espaços de manifestação. "As livrarias, talvez, sejam o canal mais importante de intercâmbio desses patrimônios imateriais da humanidade, extrapolando as barreiras nacionais. Isto é, sem dúvida, um privilégio. Temos procurado acompanhar o desenvolvimento do nosso ramo, principalmente em mercados mais maduros, como Europa e América do Norte, e adaptar ao nosso mercado experiências de sucesso implantadas nessas operações. Além disso, temos sido muito agressivos nas negociações com fornecedores e nas promoções, porque pensamos que, nesse contexto econômico, a variável preço ganha peso adicional na decisão de compra do consumidor, tanto assim que o nosso jornal de ofertas cresceu muito, tanto em número de páginas, quanto em tiragem."

Para driblar a crise, Vânia explica que são feitas muitas negociações junto aos fornecedores para promoção de produtos no jornal de ofertas e fora dele, além de montagem de eventos, como um calendário movimentado de lançamento de livros, adequação contínua do mix, acompanhando os movimentos do mercado e monitoramento constante da indústria, principalmente em novos produtos.

EMPRESA FAMILIAR "Com a recessão do país também fomos atingidos", lamenta Fabrício Meyer, sócio-proprietário da Papelaria Bikas. Com duas lojas na cidade e há 30 anos no mercado, a Bikas emprega hoje cinco pessoas. A loja é especializada em material escolar, uniformes, presentes e livros didáticos. No mercado há 20 anos, Fabrício explica que a demanda maior é pelo material escolar e livros. "Por ser uma empresa familiar, ingressei no negócio ainda adolescente, com o intuito de ir adquirindo experiência até chegar à administração total da minha empresa. Assim, sempre atuei nesse ramo", lembra Fabrício. Ele acredita que os diferenciais da Bikas para com os concorrentes sejam o estacionamento próprio e um mix completo de serviços e produtos, tais como impressão, encadernação, xerox, encapamento de livros e cadernos, plastificação, variada linha de presentes e um atendimento personalizado.

Embora lamente a crise atual, O empresário ainda considera o faturamento bom e espera crescimento na ordem de 15% para este ano. "É um ramo no qual vale a pena investir, porém é preciso ter muita persistência." Fabrício diz que não tem a intenção de ampliar o negócio no momento. "Para entrar nesse ramo é preciso fazer antes uma boa avaliação de mercado e ter vocação para empreender. O setor tem uma concorrência acirrada e, para driblar a crise, temos de oferecer sempre promoções e descontos."

CLIENTELA FIDELIZADA "Com a situação atual, o mercado deu uma caída. Diante disso, tivemos que nos adaptar à situação. Infelizmente, acredito que ele ainda não tenha dado sinais de melhora", lamenta Rui Barreto Mansur, sócio-proprietário da Livraria e Papelaria Opus, fundada há 31 anos. A loja oferece material escolar e de escritório, além de livros didádicos e paradidáticos e uniformes. "A demanda maior é pelos livros didáticos, informa o empresário. "Eu e meu irmão entramos nesse ramo quando surgiu uma oportunidade de comprar o nosso ponto. Aqui antes era uma agência de jornais e revistas. Com o tempo, resolvemos ampliar o negócio", lembra Rui, que antes trabalhava em uma construtora.

"Hoje, estamos com quatro lojas espalhadas pela cidade. Nesse ramo é preciso trabalhar bastante. Acredito que, com a crise atual, se fosse hoje, não investiria nesse ramo, mas como temos muito tempo de estrada, já temos uma clientela fidelizada e, a cada dia, conquistamos novos clientes", orgulha-se Rui, que não tem a intenção de ampliar o negócio no momento. "É um ramo complicado, pois sofremos a concorrência da internet e de outros segmentos que oferecem produtos como os que vendemos, mas com preços abaixo do mercado. Além disso, o custo é bastante alto, infelizmente. Não tenho ideia de quanto poderemos crescer este ano, mas se manter o resultado do ano passado já estará muito bom."

Para fugir da crise, Rui diz que eles tentam ampliar o mix de produtos e fazer promoções, descontos. Antes, não trabalhávamos com uniformes e agora já temos no estoque. Também trabalhamos com grupos no WhatsApp ou de pais. Isso ajuda bastante. Nossa clientela forte são alunos e colégios."


SERVIÇO
Livraria e Papelaria Leitura
(31) 3263-2700
www.leitura.com.br

Papelaria Bikas
(31) 3282-0969
www.bikas.com.br

Livraria e Papelaria Opus
(31) 3371-3939



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