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O Globo Online (RJ) ( Rio ) - RJ - Brasil - 01-06-2016 - 07:34 -   Notícia original Link para notícia
Ladrões invadem loja de luxo em Ipanema

Dois bandidos levam oito bolsas da Louis Vuitton avaliadas em R$ 431 mil



Dois bandidos arrombaram a porta da loja Louis Vuitton, em Ipanema, e levaram oito bolsas, avaliadas em R$ 431 mil. Só um modelo, de couro de crocodilo, valia R$ 190 mil. Rua que tem o metro quadrado mais caro para o comércio no Rio, palco de grifes internacionais, ontem a Garcia D'Ávila não estava antenada em assuntos como a abertura anunciada de uma loja da francesa Hermès e o desfile ocorrido sábado em Niterói, que movimentou o mundo da moda. A pauta no local eram os assaltos ocorridos na via, numa diferença de poucas horas, que criaram uma sensação de insegurança na região.





EDUARDO DINIZInsegurança. A vidraça quebrada da loja Louis Vuitton, na Garcia D'Ávila: bandidos usaram pé de cabra na invasão



Durante a madrugada, dois bandidos arrombaram com um pé de cabra a porta da Louis Vuitton e, em apenas 30 segundos, levaram oito bolsas, avaliadas em R$ 431 mil. Uma delas, segundo a polícia, é feita com couro de crocodilo e custa R$ 190 mil. E não foi só. No sofisticado endereço também houve um roubo de carga de cigarros e, perto de lá, na semana passada, uma empresária ficou sem seu relógio Rolex, de R$ 50 mil.



O assalto à loja, divulgado na coluna Gente Boa, ocorreu às 2h45m, entre as ruas Barão da Torre e Visconde de Pirajá.



- Pode ser que o evento em Niterói (ligado à grife) tenha despertado o interesse pelas bolsas. O Rio está muito abandonado. Essa é uma rua muito movimentada, há joalherias - desabafou Patrícia Romano, diretora de comunicação da marca, contando que foi a primeira vez que a Louis Vuitton foi alvo de bandidos no endereço, onde está há 25 anos. - Os ladrões tiveram acesso à vitrine e à parte frontal da loja. O alarme soaria se eles passassem de determinado ponto. Não sabemos se o roubo foi encomendado.



Ainda na Garcia D'Ávila, entre as ruas Redentor e Nascimento Silva, por volta das 9h, ladrões roubaram um carro com carga de cigarros da Souza Cruz. Eles levaram o veículo com um funcionário, que foi liberado depois. As duas ocorrências foram registradas na 14ª DP (Leblon), que ontem também ouviu o depoimento da empresária que teve o seu Rolex roubado dentro de um mercado de orgânicos, como informou o jornalista Ancelmo Gois. O crime foi na Rua Visconde de Pirajá, às 13h10m da quarta-feira passada. O bandido estava armado e ameaçou matar os clientes do local. CRESCE O ROUBO DE RUA De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública, os roubos de rua aumentaram 6% no mês passado, na região do 23º BPM (Leblon), em relação ao ano passado (subiu de 74 para 79 o número de casos).



Empresária do ramo de estética, a mulher ganhou o relógio de presente do marido. Na delegacia, ela reconheceu por foto o suspeito e lamentou que "Ipanema não é um bairro seguro":



- Há cinco anos não tirava esse relógio do pulso. Sei que sou corajosa. Mas andava pelas ruas Aníbal de Mendonça, Garcia D´Ávila e Visconde de Pirajá e me sentia segura.



Delegada titular da 14ª DP, Monique Vidal fez um pedido:



- Peço que evitem comprar bolsas Louis Vuitton que custam R$ 140 mil por R$ 10 mil. Certamente, são roubadas.



A PM informou que intensificará o patrulhamento o bairro.



Quando a Louis Vuitton chegou à Ipanema, há 25 anos, ter uma bolsa da grife era o sonho dos apaixonados por moda. De lá para cá, os acessórios da maison foram exaustivamente copiados, ganharam status de pequenas obras de arte, tornaram-se febre na Ásia... enfim, um vai e vem que só uma casa com a reputação e o orçamento da Louis Vuitton consegue bancar.


Originalmente uma fabricante de malas e bolsas, a Vuitton passou a criar roupas no fim dos anos 1990. Foi um salto para a marca, que é o coração do grupo LVMH, um gigante no mercado de luxo global. Desfiles espetaculares, como o que aconteceu em Niterói no último sábado, e toda a pompa e a circunstância que a moda adora viraram regra.


Mas as bolsas continuam o seu maior símbolo. Do tradicional monograma (que, na China, é tido como 'bolsa de secretária') às edições especiais feitas em colaboração com artistas como a japonesa Yayoi Kusama, elas não só atiçam o desejo dos consumidores e dos falsificadores, como vendem - e muito. É mantra no mercado de luxo: os acessórios garantem a saúde financeira das grifes. E, em se tratando de bolsa, ninguém sabe mais do que a Louis Vuitton. Nem os ladrões.


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