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Isto é Dinheiro online ( Colunas ) - SP - Brasil - 28-05-2016 - 12:09 -   Notícia original Link para notícia
Moeda forte - A nova concorrente de Multiplus e Smiles


O executivo Humberto Pandolpho Jr., 64 anos, não perde a oportunidade de encarar uma boa briga. Pelo menos, no mundo corporativo. E não faltam exemplos para isso. Ele foi presidente da cervejaria Kaiser entre 1999 e 2001 e esteve na linha de frente contra a fusão da Antactica com a Brahma, que deu origem à Ambev. Na época, partiu para o confronto público contra a união das cervejarias, mas acabou perdendo a batalha. Agora, Pandolpho Jr. volta a enfrentar as gigantes, mas da área de programas de fidelidade. Ele está à frente do Banco de Pontos Fidelidade (BPF), uma empresa de coalizão de pontos para concorrer com as grandes do setor como Multiplus, Smiles, Dotz, Netpoints, entre outras. Fundada há cinco anos em caráter experimental, a companhia decola no próximo mês com uma campanha publicitária e parcerias que darão musculatura para a operação, hoje com apenas 20 mil clientes cadastrados. "A meta é chegar a 1,5 milhão de clientes até o fim de 2016 e faturar R$ 1 bilhão dentro de cinco anos", diz Pandolpho Jr. Entenda como ele pretende encarar a concorrência:


Parceiros de peso
O BPF já tem parceria com a rede de lojas Centauro e, nos próximos dias, anunciará a entrada da rede varejista Walmart Brasil para que os pontos acumulados nas compras possam ser trocados no programa. Mas ainda falta fechar parceria com as empresas do setor financeiro. Afinal, 80% dos pontos acumulados no País vêm dos cartões de crédito. "Até julho, anunciaremos parceria com dois bancos", diz Pandolpho Jr. A vantagem, diz ele, é que os contratos com as instituições são fixados em reais e não em dólar.


Mercado bilionário
Estima-se que, anualmente, sejam acumulados 353 bilhões de pontos no Brasil, um montante equivalente a R$ 9 bilhões. Deste total, 20% são desperdiçados - ou seja, os pontos expiram e as empresas e os bancos ficam com cerca de R$ 1,8 bilhão em seus caixas. Mas isso, por incrível que pareça, não é bom. O ideal é fazer os pontos girarem. Por isso, Pandolpho Jr. criou um sistema que não é focado em passagens aéreas. No ambiente digital da empresa, é possível participar de leilões e trocar pontos por produtos diferentes como a camisa da seleção usada por um ídolo, um pacote de jantar mais passeio de helicóptero ou uma bolsa de grife.


Na boca do caixa
Outros nichos estão sendo abertos pelo executivo. "O programa de pontos ainda não chegou a setores como o de saúde e o da indústria. Temos espaço para crescer nesses segmentos", diz Pandolpho Jr. Uma das alternativas para conectar indústrias diretamente com os clientes finais, sem passar pelo varejo, é criar produtos com códigos que valem pontos para serem trocados. O BPF também está costurando o cadastramento de 10 mil pontos de venda, em São Paulo, onde pontos poderão ser trocados na boca do caixa. "Estamos falando com vários comerciantes."


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