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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 26-05-2016 - 12:36 -   Notícia original Link para notícia
Gasto essencial salva o varejo

Redes mineiras de supermercados se aproveitam das despesas básicas com alimentos, enxugam custos e elevam as vendas




Despesas com a mesa ganham de segmentos como os eletrônicos, ante o orçamento apertado do consumidor
O setor supermercadista espera alcançar R$ 33,7 bilhões em vendas neste ano, faturamento que, uma vez confirmado, vai representar expansão real (descontada a inflação) de 0,5%, superando a receita de R$ 33,5 bilhões registrada em 2015 em todo o estado. No ano passado, o crescimento das vendas foi de 0,7% em relação a 2014, quando o setor faturou R$ 33,3 bilhões em números atualizados.




A expectativa das empresas foi informada por Antônio Claret Nametala, superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis). De janeiro a abril último, as vendas cresceram 3,75% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a pesquisa Termômetro de Vendas conduzida pela Amis com abrangência estadual.



"Este ano, apesar de ter se desenhado um período mais turbulento em decorrência da instabilidade política, devemos ter crescimento real", afirma Antônio Claret Nametala. Segundo ele, o setor vai investir R$ 250 milhões para abrir 50 lojas em Minas, oferecendo 50 mil novos postos de trabalho.



A necessidade de aquisição de alimentos, e o fato de, em contextos de crise, as pessoas deixarem de comer fora de casa, são variáveis que explicam por que o setor supermercadista é o último a ser atingido. "Estamos trabalhando com muita atenção ao custo dos produtos, com ofertas e campanhas interessantes. Além disso, o fato de diminuir o investimento em outros segmentos, como de vestuário, bens duráveis e eletroeletrônicos, desloca o consumidor para a aquisição de alimentos", avalia Claret.



Entre abril e março deste ano, contudo, o setor registrou queda de 3,37% nas vendas. "Isso aconteceu por causa do mês da Páscoa, em março, quando as vendas se aquecem", explica Claret, acrescentando que foram 31 dias em março, ante 30 em abril. Em Minas, a maior queda nas vendas se verificou na Zona da Mata, de 4,97%, seguida pelo Triângulo, com retração de 4,15% nas vendas. O Norte foi a região que menos perdeu vendas: registrou queda de 2,45%. Nas regiões Central e Sul, as vendas diminuíram 3,07% e 3,08% nesta ordem; no Rio Doce chegaram a 3,83%.



juros ALTOS Enquanto os supermercados comemoram o resultado da estratégia para driblar a crise, o consumidor sofre nas compras com os juros altos no Brasil.A taxa de juros do cheque especial subiu para 308,7% ao ano em abril, maior valor desde 1994, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central. O dado representa avanço de quase 8 pontos percentuais em relação à taxa de março deste ano.
O juro do cheque especial só não é maior do que o exigido nas compras do rotativo do cartão de crédito, que é a taxa mais alta entre todas as avaliadas pelo BC. Atingiu a marca de 448,6% ao ano em abril ante 449,4% de março, perfazendo ligeira redução de 0,8 pontos percentuais na margem.



Já a taxa média de juros no crédito livre subiu de 51% ao ano em março para 52% ao ano em abril. Em abril de 2015, essa taxa estava em 41,8% ao ano. Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 69,2% ao ano para 70,8% ao ano, de março para abril, enquanto a para pessoa jurídica permaneceu estável em 31,1% no mesmo período.


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