O projeto de melhorias no Barro Preto foi readequado com licitação prevista para junho/

Sonho antigo dos lojistas, o projeto de revitalização do Barro Preto, na região Centro-Sul da capital mineira, pode se tornar uma realidade. As obras no tradicional bairro, no entanto, serão bem mais restritas do que se imaginava há quatro anos, quando foi divulgado o primeiro projeto pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

Em reunião realizada na quarta-feira, na sede da Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL-BH), o secretário da regional Centro-Sul, Marcelo de Souza e SilvaMarcelo de Souza e Silva, confirmou a execução das obras, mas anunciou uma readequação em relação à proposta inicial. De acordo com o novo projeto, apenas quatro quarteirões farão parte da revitalização. Há quatro anos, a ideia era de que as intervenções atingissem 20 quarteirões em torno da avenida Augusto de Lima e da rua Mato Grosso.

"Serão alargadas as calçadas de quatro quarteirões. Duas dessas intervenções serão realizadas na avenida Augusto de Lima, entre as ruas Araguari e Rio Grande do Sul. E outras duas na rua Mato Grosso, entre as ruas dos Goitacazes e Guajajaras", disse o secretário no encontro, segundo informações da assessoria de imprensa da CDLCDL-BH. A previsão é que o edital de licitação seja lançado em junho e, em setembro, os trabalhos de reforma comecem na região. Estima-se que as obras sejam concluídas em seis meses.

Outras intervenções previstas no projeto, segundo o diretor do Conselho CDLCDL Barro Preto, Fausto Izac, são a instalação de assentos nas calçadas para os transeuntes e de uma iluminação diferenciada; a construção de uma rampa multiuso na rua Mato Grosso para utilização em desfile de moda; entre outras obras de paisagismo. Os dois quarteirões da Mato Grosso, entre as ruas dos Goitacazes e Guajajaras, deverão ser fechados e perderão as vagas de estacionamento.

Negócios - Apesar dos possíveis transtornos que possam ser causados com as obras na região, Izac afirma que a maioria dos lojistas é favorável às intervenções. A expectativa é de que as obras fortaleçam os negócios no Barro Preto e reforcem a sua imagem de polo de moda da capital. "A revitalização vai atualizar o bairro, trazer conforto para os compradores, criando um ambiente melhor para todos na região. Pretendemos transformar a área e propor algo como 'A rua da moda' ou o 'Quarteirão da moda'".

O diretor lamentou a redução da área de alcance do projeto, mas afirmou compreender a medida, principalmente no atual cenário econômico vivenciado pelo País. Izac também justificou o atraso na execução do projeto em função das obras de implantação do Move - sistema de transporte rápido por ônibus - na Capital.

"Queríamos uma intervenção maior, mas a situação da economia mudou bastante, então há também um certo temor por parte dos lojistas sobre qual seria o impacto das obras para o comércio. Mas uma vez dando certo, vamos pleitear junto à Prefeitura que elas sejam estendidas para as outras áreas", explicou o dirigente.

A CDLCDL-BH, junto com a Prefeitura, deverá criar uma comissão para acompanhar as obras na região. O objetivo é monitorar a revitalização para que ela apresente o menor impacto possível aos lojistas do Barro Preto.