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Portal EM ( Economia ) - MG - Brasil - 22-05-2016 - 07:00 -   Notícia original Link para notícia
Ouvir os clientes, planejar as finanças e conhecer a burocracia são passos necessários na diversificação

O empreendedor que passar a oferecer produtos alimentícios misturados a outro ramo diferente tem que ter a autorização da vigilância sanitária, porque corre o risco de ser multado e ter mais perdas do que lucro
Pode parecer fácil, mas a estratégia de diversificar o próprio negócio tem lá suas dificuldades e empecilhos. Uma delas, conforme apontam o Sebrae de Minas Gerais e a de Belo Horizonte ( BH), é ouvir a clientela antes de abrir o leque de serviços. Outro ponto, para que não haja prejuízos, é o planejamento financeiro. Além disso, o empreendedor que passar a oferecer produtos alimentícios misturados a outro ramo diferente tem que ter a autorização da vigilância sanitária, porque corre o risco de ser multado e ter mais perdas do que lucro.

A analista Luciana Lessa, da unidade de Mercados e Relações internacionais do Sebrae MG, diz que, em estabelecimentos como salões de beleza, o leque de serviços tem se aberto mais. "É um tipo de negócio em que a clientela quer sair pronta, então, ultimamente, tem gente que tem investido nisso para aumentar o faturamento, oferecendo a venda de bijuterias, roupas, entre itens que agram valor", comenta.

Luciana alerta que há negócios que fazem uma combinação coerente, outros não. "Por isso, é importante fazer uma pesquisa com a clientela e tomar cuidado para o cliente não ter uma reação negativa à diversidade. Muitos não gostam", diz. Além disso, ela ressalta a importância do alvará para o trabalho com alimentos, conforme prevê a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "O comerciante tem que fazer uma alteração na Junta Comercial, acrescentando mais um objetivo social na sua venda. É paga uma taxa para a prefeitura que não é alta e vale a pena porque o lojista pode ser multado caso não tenha essa autorização", diz.

Com registro para produção e confecção de moda, as donas do Butic Bardot, Rebeca Xavier e Caroline Toledo, já estão providenciando a autorização na prefeitura para o comércio de alimentos e bebidas. "Além disso, estou atrás da prefeitura para o uso de cadeiras e mesas nas calçadas. Tudo é muito burocrático, e ainda tem custos", comenta Rebeca Xavier. Ela conta que, diante do aperto econômico, principalmente na Savassi, elas resolveram inovar. "Percebemos que estava chegando no Brasil uma tendência de misturar lojas de roupas com estabelecimento de conveniência", diz.

Depois de muito pesquisar e logo após o carnaval, as duas resolveram arriscar e criaram, no espaço de 39 metros quadrados e voltados para a moda feminina, um outro negócio. Do lado direito da loja, agora há produtos alimentícios japoneses e coreanos, há doces, bebidas alcoólicas, além de produtos de beleza, papelaria e utensílios para casa. Como o espaço é pequeno, elas trabalham com produtos diferenciados e exclusivos. Ela reconhece que o trabalho das sócias cresceu muito, mas, por outro lado, o dinheiro à vista aumentou no caixa. "Antes, o meu menor valor era de R$ 79 com as peças de roupas. Hoje vendo bala a R$ 2, cerveja a R$ 6. Isso fez com que o meu fluxo de caixa melhorasse e está entrando mais dinheiro", comemora.

LAVANDERIA Esse resultado é também esperado na Lavanderia Classe A, em Santa Luzia, na Grande BH. A loja, que é uma franquia, também sofreu com a crise econômica e, segundo a sócia Alessandra Ramalho Mesquita de Moraes, este ano foi criado um empório dentro da lavanderia para aumentar o movimento. "Primeiro, conversamos com o dono da franquia e ele nos autorizou. Como a nossa demanda aqui caiu muito, resolvemos inovar e, por enquanto, tem dado certo", diz.


Palavras Chave Encontradas: Câmara dos Dirigentes Lojistas, CDL
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