O presidente da Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL-BH), Bruno FalciBruno Falci, também citou a urgência das ações. Para ele, Temer terá que executar alguns trabalhos quase impossíveis, entre os quais está a construção de um governo de coalização nacional.

Além disso, Falci acredita que o presidente deverá manter os programas sociais, mesmo com a necessidade de efetivar mais cortes de gastos. Durante seu discurso, Temer afirmou que não somente manterá os programas, como prometeu aprimorar a gestão da máquina pública e falou em promover reformas sem mexer em direitos adquiridos.

O presidente da CDLCDL-BH ainda citou outras ações que devem ser colocadas em prática como a redução de gastos e o aumento dos investimentos e dos empregos; reforma tributária; reforma política; e combate a inflação.

"É preciso que o novo governo recupere a confiança dos investidores, dos empresários e da população na política econômica do País. Não podemos esquecer que a atual situação é consequência da má administração dos últimos tempos. E o resultado é a incerteza do empresariado. Receosos com o futuro do cenário econômico, os empresários não investem, não geram emprego e renda", argumenta.

Da mesma forma, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Lindolfo Paoliello, acredita que a celeridade nas ações poderão ser o grande diferencial do novo governo. Para ele, é preciso criar uma estrutura capaz de executar ações de curto prazo, retomando o desempenho do Brasil vislumbrando o futuro.

Além disso, conforme Paoliello, paralelamente, há a necessidade de se trazer algo novo no sentido de renovar as lideranças para que o Brasil não se satisfaça apenas com a correção de problemas correntes e se prepare efetivamente para ser um player no mercado internacional. "A trilogia agilidade, interlocução e governabilidade é a síntese da necessidade nacional neste momento. O governo Temer surge com todas essas características", aposta.

Por fim, o presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de Minas Gerais (Apimec-MG), Juliano Lima, afirma que independentemente do resultado no longo e médio prazos, o que se vê agora é uma definição mais clara do direcionamento para a economia e o País, fator que considera fundamental para quaisquer tomadas de decisões acerca de investimentos ou atividade produtiva.

Lima destaca a nomeação de Henrique Meirelles como ministro da Fazenda, como ponto a favor da recuperação da economia, em função de sua credibilidade. "Não que ele consiga mudar muita coisa de um dia para outro, mas credibilidade é fundamental neste momento. Ele já tem experiência na área econômica do governo e é bem-visto no mercado de capitais, promovendo expectativas de melhora nessa área", diz.