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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 28-04-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Recuperação de crédito cai 6,43% em BH

Ana Paula Bastos: contas mais essenciais têm prioridade/Alisson J. Silva

O consumidor belo-horizontino segue em dificuldades para quitar os débitos em atraso e ficar com a vida financeira em dia. De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da de Belo Horizonte (-BH), em março, o Índice de Recuperação de Crédito na Capital apresentou queda de 6,43% em relação ao mesmo mês em 2015. Ou seja, no período, um número menor de pessoas conseguiu "limpar" o nome e deixar a condição de negativado.

Na comparação com fevereiro, o indicador registrou uma redução de 2,98%, o mesmo ocorrendo no acumulado do ano, de janeiro a março, quando ficou em -7,37%. As altas taxas de juros, a inflação elevada - apesar das quedas consecutivas do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos dois meses - e o aumento constante do desemprego no País são apontados como os principais obstáculos aos consumidores que buscam regularizar a sua situação.

"Com a diminuição da renda, o orçamento familiar fica cada vez mais apertado. Além disso, as taxas de juros elevadas dificultam a negociação dos débitos", explica a economista da -BH, Ana Paula Bastos.

A especialista analisa que, diante da recessão, o belo-horizontino tem priorizado o pagamento de contas de primeira necessidade, como água e luz, além de tributos típicos de início de ano, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), deixando em segundo plano o acerto de dívidas anteriores.

Com poucas mudanças no cenário econômico nacional, a preocupação é de que, nos próximos meses, cresça o número de belo-horizontinos com restrição de crédito. De acordo com Ana Paula Bastos, o comportamento da taxa de desemprego servirá como um importante termômetro para medir essa tendência. "Se o desemprego aumentar, haverá a redução da renda disponível e as pessoas passarão a ter uma capacidade de pagamento menor. Se esse cenário se confirmar, a tendência é continuar caindo o número de consumidores recuperando o crédito, porque eles vão priorizar os pagamentos de primeira necessidade", observa.

Negociações - Interessados diretos, os lojistas da Capital têm buscado facilitar as negociações dos débitos dos consumidores inadimplentes, segundo a economista da -BH, já que a maior disponibilidade de crédito significa mais consumo. "Os lojistas querem receber e, além disso, a negociação das dívidas é interessante porque eles querem que essas pessoas retornem para o mercado e voltem a consumir".

Entre os belo-horizontinos que regularizaram as contas junto ao SPC da -BH em março, a maioria era do sexo feminino (57,69%). Na análise por faixa etária, os que mais recuperaram o crédito (26,68%) foram os consumidores de 30 a 39 anos, seguidos pelos de 40 a 49 anos (23,21%), 50 a 64 anos (22,2%), acima de 65 anos (10,99%), 25 a 29 anos (9,79%) e 18 a 24 anos (7,10%).


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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