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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 27-04-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Dia das Mães não anima lojistas de BH

De acordo com a , a Dia das Mães deverá injetar R$ 2,3 bilhões na economia da Capital/Alisson J. Silva

Os lojistas belo-horizontinos aguardam um Dia das Mães fraco em 2016. Para 54,4% deles, as vendas deverão ser piores ou muito piores do que as de 2015, ano em que os resultados já tinham sido negativos. A data deverá injetar R$ 2,3 bilhões na economia da Capital, valor 0,5% superior aos R$ 2,12 bilhões apurados no exercício anterior. O crescimento se justifica basicamente pelo encarecimento dos produtos resultantes da alta inflação. Os dados foram divulgados ontem pela de Belo Horizonte (-BH).

As projeções estão tão negativas que apenas 22,2% dos empresários ouvidos apostam em vendas melhores nesta data do que em 2015 e 0,9% esperam vender muito mais. O mau desempenho vem depois de um ano negativo para o comércio de Belo Horizonte. O volume de recursos movimentados na economia local no exercício passado foi 0,95% inferior ao apurado em 2014.

Da mesma forma, em 2015, o tíquete médio foi um dos menores dos últimos anos (R$ 68,75). Esse valor era metade dos R$ 138,25 gastos pelos consumidores em 2014. Para 2016, os empresários estão aguardando presentes mais caros do que em 2015, em uma média de R$ 133,30, mas ainda abaixo do que foi registrado há dois anos.

Segundo o vice-presidente da -BH, Marco Antônio Gaspar, o gasto mais alto na compra dos presentes será necessário por causa da alta dos preços dos produtos. Mas, segundo ele, essa melhora não representará vendas melhores. "A conjuntura econômica explica esse pessimismo do empresariado nessa data que é a segunda melhor de vendas para o comércio", afirma.

Estoque - Com a visão pessimista, a maior parte dos lojistas já fez um estoque menor para o período do que no ano passado (37%) ou muito menor (9,1%). Outros 33,9% vão manter o estoque feito em 2015 e outros 17,9% vão adquirir mais produtos. "Os lojistas vão apostar em preços baixos para atrair clientes. Por isso, eles vão desovar os estoques. Caso comprassem produtos agora para revender, dificilmente conseguiriam preços competitivos", afirma.

De fato, a maioria dos lojistas (29,2%) assumiu como estratégia para atrair clientes nesta data a redução dos preços e liquidações. Para 18,2% deles, a melhor opção foi investimento em decoração, enquanto 12,2% preferiram aumentar a divulgação dos produtos.

Questionados sobre os fatores que mais prejudicam as vendas, 34,3% dos entrevistados responderam que a crise econômica e política é a grande pedra no caminho do comércio. Outros 31,3% atribuíram ao desemprego. Foram citados também: a inflação (10,9%), aumento da taxa de juros (6,5%) e inadimplência (5,2%). Há aqueles que acreditam que não há nada capaz de prejudicar as vendas (1,4%).

Independentemente do desempenho das vendas no Dia das Mães, a percepção da situação financeira da empresa por parte dos empresários já não está positiva. Para 56% dos entrevistados, seus negócios estão em uma situação pior do que em 2015. Outro grupo, equivalente a 31,2% do total, acredita que está vivendo um momento parecido com o exercício anterior. Perceberam uma melhora apenas 12,8% dos empresários. "A verdade é que o ano de 2015 foi perdido. E agora temos um aumento nos gastos, como salários dos funcionários, reajuste das contas de luz e água. E, ao mesmo tempo, as vendas caíram. Essa equação não é positiva para a saúde financeira das empresas", afirma.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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