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Estado de Minas Online ( Negócios e Oportunidades ) - MG - Brasil - 24-04-2016 - 11:22 -   Notícia original Link para notícia
Uma loja on-line para chamar de sua


Fugir de gastos com reformas, aluguel e pessoal faz muitos empreendedores optarem pelo ambiente virtual para iniciar seus negócios. Com vantagens e desvantagens em relação a um ponto físico, o comércio eletrônico traz uma série de desafios a quem deseja ingressar no disputado mundo das vendas on-line. Mesmo assim, o e-commerce ainda engatinha no Brasil e, com a internet cada vez mais inserida no cotidiano da população, a perspectiva de crescimento é muito boa.

Em 2014, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o comércio global de produtos on-line movimentou US$ 1,5 trilhão, representando crescimento de 20% em relação ao ano anterior. No Brasil, em 2015, as vendas on-line movimentaram R$ 41,3 bilhões, 15% a mais que em 2014. A expectativa do segmento é faturar R$ 44,6 bilhões este ano, aumento de 8%. Ferramentas e plataformas para se montar uma loja on-line estão bem mais acessíveis e baratas que há uma década atrás. Com poucos minutos de dedicação e alguns cliques já é possível criar um ponto de vendas virtual.

Adriano Caetano, especialista em comércio eletrônico e diretor da Loja Integrada, uma das plataformas de e-commerce mais populares do Brasil, afirma que o conhecimento técnico já não é uma grande exigência para abrir uma loja na internet. Formas de pagamento, entrega e acompanhamento do produto. Todas as preocupações que já assombraram os pioneiros no e-commerce já estão bem estabelecidas, sendo, inclusive, disponibilizadas nas plataformas de lojas virtuais. "Antigamente, era necessário um alto investimento, além de tempo, para montar uma loja virtual. Precisava contratar empresa ou especialistas. A tecnologia está bem acessível e as ferramentas facilitaram muito a vida das pessoas. Mas é bom deixar claro que isso não faz de ninguém empresário. Vencer nesse ambiente requer muito planejamento e dedicação em marketing", esclarece Caetano.

CANAIS DIFERENTES DE VENDA Se na questão de burocracia e legislação não existem muitas diferenças entre as lojas físicas e virtuais, o mesmo não se pode dizer sobre a lógica de funcionamento dos dois canais de venda. E a principal mudança está na relação com o cliente, já que o ambiente deixa de influenciar sobre a percepção da pessoa do produto. "Quando o cliente está na loja física, tudo impacta na percepção do produto ou do serviço que ele está adquirindo. Na internet não. No ambiente virtual se compra a credibilidade do site, a funcionalidade do produto e o preço. E isso faz com que sejam compras bem diferentes, e o empreendedor que quer enveredar por este caminho precisa estar atento a isso. O comércio eletrônico oferece um processo mais frio de compra. Isso quer dizer que não há um vendedor especialista naquele produto para auxiliar o cliente. Normalmente, isso acarreta também mudança de perfil desse cliente, que sempre vai procurar a melhor relação custo/benefício", afirma a analista do Sebrae Minas, Andreza Cândido.

Além de o relacionamento com o cliente ser menos direto quando se trata de micro e pequenas empresas, o ponto pode ser um grande aliado quando se vendem produtos disponíveis em grandes redes. Mesmo que a concorrência consiga oferecer preços melhores, a comodidade e atendimento diferenciado fazem a diferença na escolha do cliente. Ter que se locomover menos, por exemplo, ajuda vários comércios locais a conseguirem conquistar os moradores de sua região. No comércio eletrônico isso não existe. Todos estão no mesmo local, no mesmo ambiente.

Com isso, a dica tanto de Andreza Cândido quando de Adriano Caetano para quem é pequeno e está começando agora é a mesma: procurar um nicho específico e oferecer um produto diferenciado. "A concorrência é muito grande. Por isso que, para os pequenos, sugerimos que atuem em um nicho diferenciado. Não vale a pena bater de frente com grandes lojas já estabelecidas na internet. Eles têm verbas de marketing muito grandes, negociação muito forte com fornecedores e um tráfego muito grande. Competir com esses caras é desleal. Um pequeno empreendedor vai multiplicar sua chance de mortalidade se quiser investir dessa forma. É melhor focar em um mercado de nicho e, inclusive, usar os grandes como aliados, a partir do momento em que integrar seus produtos aos marketplaces dos grandes", orienta Caetano.

A analista do Sebrae Minas frisa que é necessário pensar no público-alvo do produto, a relação da empresa com esse cliente, a forma como o produto é apresentado, o design e recursos do site pensados no consumidor, navegabilidade da página e, principalmente, pesquisar a concorrência com frequência. "O comércio eletrônico é a primeira escolha de quem nunca teve um negócio, pois as pessoas acham, erroneamente, que ele é mais fácil. Mas ele pode ser bem mais difícil. Abrir um comércio eletrônico não me exime de fazer uma pesquisa antes para entender quem compra aquele produto, de fazer parcerias, de ficar atento a qualquer movimento da concorrência", conclui.


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