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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 20-04-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Dívidas em atraso crescem 8,22% em MG

O aumento do número de registros no SPC é atribuído a diversos fatores como alta do desemprego e achatamento da renda dos consumidores/Alisson J. Silva

A combinação de preços elevados, alta do desemprego e dos juros, e o achatamento da renda tem aumentado cada vez mais o volume de registros junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) das Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) do Estado e o número de devedores listados no sistema das entidades. Somente o número de dívidas em atraso em Minas cresceu 8,22% em março na comparação com o mesmo mês do ano anterior, representado a maior alta dos últimos quatro anos, nesta mesma base de comparação.

O presidente da de Belo Horizonte (-BH), , alega que os resultados não são muito diferentes do que se observa nos últimos meses e atribui o aumento das dívidas em atraso ao cenário econômico vivido pelo Brasil.

"Seguimos numa evolução negativa. A inflação até chegou a dar uma arrefecida, mas já vem alta há muito tempo e por isso é normal começar a ceder. Mas não por competência de gestão, e sim em virtude da baixa no consumo. Sem contar que há um maior número de pessoas desempregadas e a renda das famílias está menor. Com inflação alta, perda de emprego e salários corroídos, não há outro caminho que não a inadimplência", explica.

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Dívidas - Na comparação com fevereiro, o número de dívidas em atraso cresceu 1,23%. "O consumidor que não realizou um bom planejamento financeiro no início do ano, período marcado por um grande volume de tributos e impostos para pagamento, acabou desequilibrando suas finanças e acumulando dívidas", completa Falci.

O número de pessoas endividadas também cresceu. O avanço, neste caso, foi de 4,88% em março sobre o terceiro mês do ano passado e de 0,71% frente ao mês imediatamente anterior. Segundo o presidente da -BH, o aumento da inadimplência nessas bases de comparação confirmam mais uma vez o atual cenário econômico de desequilíbrio.

"Como a capacidade das famílias de arcar com todas as despesas da casa está menor, muitas pessoas têm direcionado seus recursos para o pagamento de produtos e serviços essenciais para a subsistência, deixando de quitar outras dívidas", avalia.

De acordo com os dados do SPC das CDLs de Minas Gerais, os consumidores com idade entre 50 e 64 anos foram os responsáveis pelo maior crescimento (15,21%) do número de dívidas em atraso em março em relação ao mesmo mês de 2015. Falci explica que grande parte dessas pessoas é responsável financeiramente por suas famílias e, devido ao aumento do custo de vida, estão com mais dificuldades em honrar seus compromissos.

Na análise por gênero, as mulheres aparecem com o maior aumento de dívidas em atraso (8,03%) na comparação do terceiro mês dos dois exercícios. Já entre os homens esse índice foi de 7,66%.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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