Um telão foi montado na Avenida Deputado Esteves Rodrigues.

Organização fala em 500 participantes; PM diz cerca de 250.
Os manifestantes vibravam com cada voto a favor do impedimento (Foto: Valdivan Veloso/G1)

Manifestantes se reuniram na tarde deste domingo (17) em Montes Claros, no Norte de Minas, para protestar contra a presidente Dilma Rousseff. O ato foi organizado pelos movimentos Muda Brasil, Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua Moc. Os organizadores estimam que 500 pessoas participaram do ato. A Polícia Militar diz que 150 manifestaram nesta tarde.

"Este ato iniciou de forma espontânea, do povo na rua. A ACI emprestou a logística, tudo que pudesse viabilizar este ato", explica o presidente da ACI, Edilson Torquato.

Por volta das 16h30, algumas lideranças do evento iniciaram discursos inflamados. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes de Lojistas (CDLCDL), Gilberto Eleutério, o Movimento Muda Brasil é apoiado pela entidade e chegou em Montes Claros para lutar contra qualquer tipo de corrupção. "O movimento iniciou na CDLCDL em Belo Horizonte e vai lutar contra a corrupção. A corrupção instalada no governo foi muito grande, extrapolou todos os limites e ninguém aguenta mais".

A concentração foi na Avenida Sanitária, onde foi montado um telão para transmitir a votação na câmara dos deputados. A cada voto a favor, os manifestantes vibravam em demonstração de apoio ao impeachment, e vaias contundentes eram entoadas a cada voto contra o impedimento da presidente.

O professor universitário aposentado João Bosco foi até a avenida acompanhado da filha Bárbara Leal, de 18 anos. O professor afirma que o afastamento da presidente é a melhor saída para enfrentar a crise no país. "Primeiro sabemos que houve crime de responsabilidade, como ficou evidenciado no relatório da comissão do impeachment. Depois, a presidente não possui mais condição para governar, ela não tem mais como fazer um governo da aliança nacional. Ela poderia ter um gesto de grandeza e renunciar".

"Acho extremamente importante participarmos destes momentos. Nós jovens somos o futuro do país, que passa por um momento de delicado. Então temos que ser mais ativos nestes movimentos e não nos acomodarmos", afirma a estudante Bárbara.