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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 13-04-2016 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Comércio respira e cresce

Impulsionadas pelo recuo da inflação, vendas sobem 1,2% em fevereiro, ante janeiro. Varejo mineiro avançou 2,5%
Brasília - Na contramão das más notícias na economia, fevereiro surpreendeu com resultado positivo das vendas do comércio, de 1,2% ante janeiro, divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a taxa mensal mais alta desde julho de 2013 (3%). Em Minas Gerais, o setor cresceu 2,5% na mesma base de comparação, na série dessazonalizada dos índices da Pesquisa Mensal do Comércio. Foi o quarto melhor desempenho entre as 27 áreas pesquisadas. Ainda ontem, a de Belo Horizonte (-BH) divulgou seu termômetro de vendas no primeiro bimestre, no entanto, indicando queda de 1,72% nos negócios da capital, frente ao ano passado.

Sob o impacto do desaquecimento da economia, comparadas a fevereiro de 2015 as vendas no setor caíram 4,2%, e nos últimos 12 meses o tombo foi de 5,3%. O comércio varejista mineiro, segundo o IBGE, continua em patamar 4,8 % inferior ao ponto máximo da série e acumula perda de 1,8% nos últimos 12 meses. Na análise mensal, contribuíram as vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumes e cosméticos, que cresceram 15,9%. (veja o quadro)

A performance de fevereiro perante janeiro, na avaliação do IBGE, sinaliza fôlego pontual para o setor, representando efeito estatístico, justifica a gerente de Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes. Em dezembro, as vendas recuaram 2,3% diante de novembro, seguido de outra queda em janeiro, de 1,9% na comparação com o mês anterior. "O avanço na taxa mensal tem que ser relativizado. Se não fosse pela incidência sobre uma base deteriorada de vendas então registrada, muito provavelmente o nível do índice de fevereiro seria menos acentuado. Em termos de trajetória, as vendas no varejo ainda apontam para uma desaceleração", analisou.

Em BH, o comércio de drogarias, perfumes e cosméticos se mantém a salvo da crise que afeta o setor, tendo crescido 0,39% no acumulado deste ano, segundo pesquisa da -BH. Para o presidente da instituição, , a explicação para o bom resultado se deve ao apelo desses produtos ligado à autoestima do consumidor. Ele debita a redução dos negócios do comércio à postura mais cautelosa dos clientes. "Com o encarecimento do custo de vida, a renda disponível das famílias para o consumo está ficando menor, pois seus orçamentos ficam comprometidos com as despesas básicas do mês", disse. Os segmentos que apresentaram maior contração no primeiro bimestre do ano foram os de veículos novos e usados - peças (-3,96%), máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,84%) e tecidos, vestuário, armarinhos e calçados (-1,85%).

Outra causa para a melhora nas vendas no Brasil em fevereiro é o próprio enfraquecimento dos preços. Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) começou a desacelerar, movimento que deve ser mantido nos próximos meses. Com um aumento no desemprego, as famílias vão dispor de menos renda para consumo, cenário que naturalmente provoca pressão menor sobre o custo de vida. (Colaborou Marta Vieira)


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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