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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 08-04-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Empresários estão mais pessimistas


Falci diz que falta credibilidade sobre atual governo/Alisson J. Silva

Os empresários mineiros dos setores de comércio e serviços estão cada vez mais pessimistas em relação à economia nacional, como mostra o Indicador de Confiança do Empresário da de Belo Horizonte (-BH) divulgado ontem. O índice registrado em março foi de 34,2 pontos, bem abaixo do nível neutro dos 50 pontos, revelando que a desconfiança entre os gestores aumentou nos seis meses que se passaram. Em outubro de 2015, data do último levantamento, o número foi de 39,3 pontos, um cenário bem mais seguro que o atual.

A falta de credibilidade do atual governo e a instabilidade quanto aos rumos da economia estão entre os principais motivos para o baixo grau de confiança dos empresários de Belo Horizonte e região metropolitana, entrevistados pela pesquisa, segundo o presidente da -BH, . Os donos de micro e pequenas empresas são os mais descrentes quando a base de comparação é o porte dos empreendimentos, com índices de 34,0 e 33,9 pontos, respectivamente.

Ainda de acordo com Falci, a menor disponibilidade de recursos para investimentos e a maior dependência de políticas públicas tornam o grupo de micro e pequenos empresários mais sensíveis à crise, contribuindo para o menor índice de confiança nessa camada. "Boa parte desses empresários possui menos conhecimento e mais dependência. Um grande administrador em uma situação de crise, se precisar, vende o negócio e até muda de país. Mas o pequeno, que depende essencialmente da saúde, segurança e educação oferecidos pelo governo - que o faz de péssima forma - não tem a quem mais apelar", afirma.

O Indicador de Confiança é feito com base em uma média de outros quatro índices individuais: condições atuais da economia brasileira, condições atuais do próprio negócio do empresário, expectativa para a economia brasileira e expectativa para o próprio negócio do empresário.

Situação financeira - Quanto à situação financeira corrente das suas empresas, a maioria dos entrevistados (74,7%) acredita que as condições pioraram nos últimos seis meses, 20,4% não perceberam nenhuma alteração e 4,9% observaram melhora, com o indicador fechando em 25,0 pontos. A percepção foi semelhante em relação à economia brasileira no mesmo período. Para 93,1% dos empresários, o cenário piorou, e o índice registrou 15,5 pontos. A alta inflação e a elevada taxa de juros, além do crescimento da inadimplência entre os consumidores contribuíram para o pessimismo nesse último caso.

Já quando questionados sobre a expectativa financeira do seu negócio para os próximos seis meses, os empresários se dividem entre pessimistas (36,2%) e confiantes (33,7%), com outros 30% acreditando na manutenção da situação. O indicador desse item foi de 48,7 pontos, bem abaixo dos 57,4 pontos registrados em outubro passado (mais otimista). Em relação à perspectiva para a economia brasileira para o semestre, a percepção dos administradores é em sua maior parte negativa (47,4%), com o índice calculado em 40,7 pontos.

"Pode se ver na pesquisa que, mesmo quando os empresários falam do próprio negócio, há uma incerteza menor do que quando falam no cenário nacional. Ou seja, onde têm mais poder de ação, mais controle, os empresários têm mais confiança. Quando se fala da economia brasileira, a falta de credibilidade política acaba influenciando bastante", analisa Falci, para quem a retomada da confiança depende de uma nova postura do governo.

"Ou o governo muda radicalmente ou teremos de mudar o governo. Do jeito que está, é insustentável tanto do ponto de vista político quanto econômico", avalia.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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