Leitura de notícia
Isto é Dinheiro online ( Economia ) - SP - Brasil - 12-03-2016 - 12:32 -   Notícia original Link para notícia
Brioni corta e costura

A alfaiataria italiana, uma das mais tradicionais do mundo, diminui de tamanho para se ajustar aos novos tempos da moda e voltar aos seus tempos áureos


NOTÍCIASESTILONOTÍCIASISTOÉ DINHEIRO


Brioni corta e costura


A alfaiataria italiana, uma das mais tradicionais do mundo, diminui de tamanho para se ajustar aos novos tempos da moda e voltar aos seus tempos áureos 


11/03/2016 20:00// Por: André Jankavski


Compartilhe:


mail


Imprimir:


print


Para qualquer fabricante de roupas, gastar quinze minutos na simples tarefa de pregar um botão seria considerado um sério problema de produtividade. A grife italiana Brioni, fundada em 1946 e uma das mais tradicionais do mundo, no entanto, se orgulha do cuidado que emprega na confecção de seus ternos e costumes, que chegam a custar até € 30 mil, refletido no tempo reservado para os detalhes. Por conta disso, a alfaiataria virou sinônimo de estilo e poder para os seus abonados clientes. Não por acaso, ela já vestiu nomes como o ator Leonardo DiCaprio e o agente James Bond em diversos filmes da franquia 007. O mundo da moda, por outro lado, está mudando cada vez mais rápido - vide o modelo do fast fashion consagrado pela varejista Zara, a maior do mundo no setor. Por esse motivo, na segunda-feira 7, a Brioni anunciou um amplo programa de reestruturação para se adequar aos novos tempos. A ordem, agora, é cortar mais do que somente tecidos.

O plano é retornar às suas origens, fugindo da necessidade de ganhar escala. A grife decidiu diminuir seu tamanho em um terço. Ou seja, dos seus 1,2 mil funcionários, sobrarão 800. Ao menos por enquanto, as atuais 77 lojas permanecerão abertas. Em nota, a empresa afirmou que há seis anos estava produzindo mais do que o mercado absorve. "Uma grife não pode arriscar perder a identidade por conta de escala", diz Gabriela Otto, professora de mercado de luxo da faculdade ESPM, de São Paulo. Para ela, ao mesmo tempo em que busca resgatar a sua identidade, a entrada em novos nichos deve ser avaliada. Um exemplo é a intensificação dos trabalhos no segmento feminino, onde já se aventurou em alguns momentos. "O mundo da moda é cíclico e a Brioni tem que se renovar com ele", afirma Gabriela. 

Desde 2010, quando foi adquirida por estimados US$ 400 milhões pelo conglomerado francês Kering, dono de marcas como Gucci e Yves Saint Laurent, a Brioni luta para se encontrar. Mudanças na direção criativa e uma tentativa de modernização da grife não surtiram efeito. Ao contrário. Consumidores antigos se afastaram, de acordo com consultores internacionais. A Kering não divulga números isolados da Brioni. A missão de reerguer a grife está nas mãos do CEO Gianluca Flore, que está há menos de dois anos no cargo. Para ele, entretanto, não há tempo para gastar com detalhes. 


Nenhuma palavra chave encontrada.
O conteúdo acima foi reproduzido conforme o original, com informações e opiniões de responsabilidade da fonte (veículo especificado acima).
© Copyright. Interclip - Monitoramento de Notícias. Todos os direitos reservados, 2013.