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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 11-03-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Vendas caíram na Capital, aponta CDL-BH

O comércio de materiais de construção em Belo Horizonte registrou o pior resultado e caiu 2,5% no primeiro mês deste ano/Alisson J. Silva

As vendas no comércio varejista da Capital tiveram queda de 1,7% em janeiro, frente ao mesmo período em 2015. O desempenho negativo ocorreu ainda na comparação mensal com dezembro, retração de 0,8%, e no acumulado de 12 meses, que teve redução de 0,4%. Os dados fazem parte do Indicador de Vendas da de Belo Horizonte (-BH), divulgado ontem, e só confirmam a tendência de diminuição do consumo no País também constatada pela Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As vendas no varejo, segundo último levantamento do órgão oficial, caíram 10,3% em igual intervalo.

A desaceleração da atividade econômica, assim como a alta inflação e o elevado índice de desemprego desestimulam não só os belo-horizontinos a consumir, mas os brasileiros de modo geral, o que acaba impactando diretamente no volume de vendas. Segundo a pesquisa da -BH, todos os segmentos do varejo tiveram queda na comercialização de produtos na relação entre o primeiro mês de 2016 com o do ano passado. A exceção foram as vendas de itens de Farmácias e Cosméticos, que cresceram 0,4%. No ano de 2015, o segmento teve um aumento de 9%.

Os grupos de atividades representados por produtos de maior valor agregado foram os que mais sofreram com os efeitos da crise econômica em Belo Horizonte. As vendas de material de construção na Capital apresentaram a maior redução (-2,5%), acompanhada pelos tecidos, vestuários, armarinho e calçados (-2%) e veículos e peças (-1,7%). O período de volta às aulas contribuiu para o crescimento de 4,6% no segmento de papelarias e livrarias no início do ano frente a dezembro, mas na comparação com janeiro de 2015, o índice também foi negativo: -1,2%.

"A atual conjuntura econômica tem feito o consumidor postergar as compras ou escolher produtos de menor preço. Atuo no ramo da papelaria e percebemos essa troca. As pessoas que antes compravam produtos mais caros, passaram a optar por itens mais básicos, porque não têm, por exemplo, como deixar o material escolar de lado. Isso tem ocorrido nos segmentos de modo geral e diminui o faturamento das empresas", explica o vice-presidente da -BH, Marco Antônio Gaspar.

Gaspar compara a atual crise do País com a recessão vivida após a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, considerada a mais grave do século XX. Para o vice-presidente da -BH, é preciso um fato novo na economia para interromper o ciclo vicioso de encolhimento que se formou entre os diversos setores produtivos. A perspectiva para 2016 ainda permanece pessimista.

"Não é boa (a expectativa para 2016) porque a gente não analisa nenhum fato que contribua para melhorar o quadro atual. A gente só teve notícias ruins até agora, como aumento de impostos, conjuntura política ruim. Então não há nada até agora que nos faça vislumbrar algo melhor".


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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