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Portal O Tempo ( Economia ) - MG - Brasil - 11-03-2016 - 03:00 -   Notícia original Link para notícia
Comércio inicia ano em baixa

No primeiro mês de 2016, vendas registraram queda de 10,3% em relação a janeiro do ano passado
RIO DE JANEIRO. As vendas do comércio varejista no país começaram 2016 em baixa. O setor registrou queda de 10,3% em relação a janeiro do ano passado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse recuo é o maior, considerando apenas o mês de janeiro, desde 2001, início da série histórica do indicador.

Na comparação mensal, entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, a retração foi de 1,5%, que é também a mais intensa, para o período, desde 2005.

Os recordes negativos também são registrados em outras bases de comparação. Em 12 meses, o comércio varejista sofreu um tombo de 5,2% e também alcançou o pior resultado da história do indicador para o respectivo período.

"O mês de janeiro, tradicionalmente, não é um mês forte das vendas. Porque é o mês das férias, concentra o pagamento de tributos do ano, mas esse janeiro, especificamente, acabou sendo o mais negativo da série histórica. Motivo? Os fatores que incidem sobre o poder de consumo vêm enfraquecendo e não mudaram do ano de 2015 para 2016. Estão presente ainda nesse início de 2016", esclareceu a gerente de serviços e comércio do IBGE, Isabella Nunes.

De dezembro para janeiro, a maioria dos segmentos do varejo registrou resultados negativos. As vendas de hipermercados e supermercados, que têm o maior peso sobre o índice do varejo, caíram 0,9%. O comércio de móveis e eletrodomésticos também mostrou dados mais fracos. Na comparação com o final do ano passado, o setor teve baixa de 4,3%.

"A pressão inflacionária sobre esse segmento faz com que os consumidores se ajustem às marcas mais baratas, e faz com que o volume de receitas caia. Aliando isso a uma restrição do crédito, que está crescendo 20%, e ainda somando a isso redução da massa real de 10,4%. Aí você tem fortes fatores inibidores de consumo, em especial daquela atividade que tem associação forte com a renda como hiper e combustíveis", afirmou a gerente do IBGE.

Também caíram as vendas nos ramos de material de construção (-6,6%) e de veículos e motos (-0,4%) - ambos segmentos fazem parte do que o IBGE chama de varejo ampliado - que teve uma retração de 1,6%.

E esse setor recuou 13,3% na comparação com o mesmo mês de 2015.

Por Estados. Na passagem de dezembro para janeiro, as vendas do comércio varejista recuaram em 17 das 27 unidades da federação. Os piores resultados foram registrados no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, que tiveram queda de 3,1%.

Frente ao mês de janeiro de 2015, também houve queda em todo o país. Em São Paulo, o recuo foi de 9,7% e no Rio de Janeiro, de 10,4%.

Em Belo Horizonte, queda foi de 1,7%

Em Belo Horizonte, a queda nas vendas do comércio alcançou 1,7% no mês de janeiro na comparação com o mesmo mês de 2015. Os números também foram divulgados nesta quinta pela (/BH).

Na comparação com dezembro de 2015, janeiro teve um recuo de 0,8% nas vendas. "Como janeiro não é um mês com forte apelo comercial, como é dezembro, as vendas tendem a apresentar retração. Além disso, a chegada das contas de início de ano como o IPVA e o IPTU leva os consumidores a priorizar o pagamento delas e reduzir o consumo familiar", afirmou o vice-presidente da /BH, Marco Antônio Gaspar.

Sobre o cenário de queda nas vendas na comparação entre janeiro de 2015 e o mesmo mês de 2016, Gaspar observou que isso aconteceu, principalmente, pelo efeito negativo da desaceleração da atividade econômica do país, do aumento da inflação e da taxa de juros sobre o nível de consumo, e por consequência, esse cenário negativo.

Papelaria e supermercado começam bem

Pelo menos dois segmentos tiveram destaque positivo em janeiro na capital mineira e podem comemorar diante do cenário do país.

As vendas para a volta às aulas foram as responsáveis pelo crescimento de 4,6% no segmento de papelarias e livrarias no mês de janeiro, na comparação com o mês imediatamente anterior.

Outro segmento que começou o ano com bom desempenho foi o de supermercados e produtos alimentícios ao registrar alta de 1,1% na mesma base de comparação, segundo a /BH.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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