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Isto é Dinheiro online ( Colunas ) - SP - Brasil - 05-03-2016 - 12:31 -   Notícia original Link para notícia
"O tamanho do Brasil é maior do que a crise", diz presidente da Johnson & Johnson Consumo

Em tempos de crise, de companhias revendo investimentos, cortando custos e, em alguns casos, fechando, encontrar uma empresa fazendo vultosos investimentos é como vislumbrar um copo de água no deserto do Saara. Pois, na semana passada, a Johnson & Johnson chamou a atenção do mercado ao anunciar a compra da marca Hipoglós, creme preventivo de assaduras, da Procter & Gamble. A aquisição, cujo valor não foi revelado, ainda vai passar pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e deve ser concluída até o fim deste semestre. Maria Eduarda Kertész, presidente da Johnson & Johnson Consumo, uma gigante dona de marcas como Sundown, Listerine, Band-Aid, entre outras, falou com a coluna. Acompanhe os principais trechos:


O que levou a empresa a investir num período em que a maioria das empresas está pisando no freio?
Nós estamos no Brasil há mais de 80 anos e vamos estar aqui pelos próximos 80 anos. Para a Johnson & Johnson, o tamanho do Brasil é maior do que a crise. A operação brasileira é a terceira maior do mundo para o grupo. E, obviamente, é na crise que surgem boas oportunidades.


O que a Johnson enxergou nesse mercado?
O mercado de creme de assaduras cresce a uma média de 11% ao ano e percebemos que a nossa participação poderia crescer muito com essa aquisição. Hoje, a Johnson tem a marca Desitin, com 3,1% de market share. Com a compra da Hipoglós, somamos mais 32,2%.


Há mais investimentos previstos?
Continuamos olhando oportunidades tanto de crescimento orgânico como de novas aquisições. O mercado é preocupante? É claro que sim. Mas posso ficar reclamando ou aumentar a minha fatia.


E como tem sido feito o planejamento da empresa diante das turbulências econômicas do País?
Uma certeza que temos é a de que o plano que definimos no início do ano não é o mesmo de quando terminamos. Precisamos ter flexibilidade, rapidez e definir vários cenários, os planos A, B e C.


E como tem sido o início de ano?
No ano passado, fechamos com crescimento de dois dígitos. Em janeiro e fevereiro deste ano, tivemos resultados muito bons. Mas é claro que sentimos, o mercado tem crescido menos.


A empresa não está preocupada com o momento do País?
Estamos preocupados, mas não temos o olhar de que o Brasil vai acabar.


(Nota publicada na Edição 957 da Revista Dinheiro, com colaboração de: André Jankavski, Hugo Cilo e Márcio Kroehn)


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