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Estado de Minas Online ( Negócios e Oportunidades ) - MG - Brasil - 21-02-2016 - 11:58 -   Notícia original Link para notícia
Conectou, pediu, chegou!

Aplicativos e plataformas de pedidos on-line e entrega de comidas movimentam o mercado. De acordo com pesquisas, média de crescimento de vendas ao aderir ao sistema pode chegar a 20% por mês




Mário Sérgio Cardoso, dono do Point da Madrugada, diz que 60% dos pedidos de sanduíches hoje da sua loja são feitos via aplicativos


É costume dizer que no Brasil tudo acaba em pizza. Em Belo Horizonte, pelo menos no quesito on-line de delivery de comida, essa lógica não é verdadeira. Pesquisa realizada pela empresa PedidosJá mostra que, diferentemente de moradores de outras capitais do país, os belo-horizontinos pedem mais lanches do que o tradicional prato italiano. Além disso, os habitantes da capital mineira gastam, em média, R$ 55 por pedido. Segundo a pesquisa, os lanches aparecem em primeiro lugar, com 16% dos pedidos. A pizza vem em segundo (14%), seguida pelas carnes (11%), hambúrgueres (6%) e comida japonesa (4%). Dos pedidos feitos, 18% são acompanhados por bebidas. As formas de pagamento mais usadas são o cartão de crédito (49%) e o dinheiro (47%). A cobrança média de taxa de entrega em Belo Horizonte é de R$ 6. 

Além disso, o estudo feito com 50 mil pedidos realizados em 500 estabelecimentos durante o segundo semestre do ano passado mostra que os homens utilizam mais a entrega de comida em casa (55%) e a faixa etária prevalente é entre 20 e 30 anos (56%). O Pedidosjá é uma plataforma on-line de pedidos/entrega com várias empresas de alimentação cadastradas.

A utilização de aplicativos ou sites para pedidos de entrega de comida está em pleno crescimento no Brasil e a capacidade de levantamento de dados sobre o consumo nas cidades é só mais uma das vantagens que essas plataformas oferecem para os estabelecimentos parceiros. Segundo Bruna Rebello, gerente comercial do PedidosJá no Brasil, a média de crescimento de vendas de um restaurante ou lanchonete ao aderir ao app é de 20% ao mês. 

"Temos parceria com 95% do mercado de delivery em Belo Horizonte. Como nossa base de estabelecimentos é grande, o foco na cidade é trazer todos os usuários possíveis para o PedidosJá. Não só em BH, mas Contagem, Betim e outras cidades da região metropolitana", aponta Bruna. O PedidosJá conta com 615 estabelecimentos parceiros na capital mineira. A cidade é o segundo maior mercado da empresa uruguaia, criada em 2008. Em número de restaurantes, BH é a terceira no Brasil, atrás somente de São Paulo e Rio de Janeiro.

Proprietário do Point da Madrugada, estabelecimento especializado em sanduíches, Mário Sérgio Cardoso afirma que, hoje, os pedidos por plataformas on-line representam cerca de 60% de suas vendas, superando o telefone.

"Começamos só com telefone. Depois, passamos a trabalhar com aplicativos, há cerca de três anos, o que incrementou bastante as vendas. Apesar de termos que pagar um percentual sobre o pedido, acho até melhor que o telefone", conta o empresário. Cardoso explica que uma das principais vantagens das plataformas é a economia com a mão de obra, já que o sistema faz o papel do atendente.

O empresário também aponta a segurança que os aplicativos trazem tanto para os comerciantes quanto para os usuários. Ele relata que é comum estabelecimentos que trabalham com entrega de madrugada sofrerem trotes telefônicos, o que, nas plataformas digitais, é menor. Além disso, ele pode denunciar o usuário, que, dependendo da situação, é bloqueado pela empresa. "Quem trabalha com entrega na madrugada sabe que muita gente passa trote, dando endereço errado ou inexistente, ou fazendo pedidos fora da realidade. Não que isso não ocorra via site, mas você consegue bloquear esse tipo de coisa. Em novembro passado, estava no escritório e o pessoal me chamou para ver um pedido. Quando olhei, o valor total era de mais de R$ 17 mil. Aí falei para ligarem para o site, cancelar o pedido e bloquear o usuário. Eles disseram a pessoa já havia passado esse trote com outros 12 estabelecimentos", conta.

Como todo mineiro, Cardoso fala que ficou meio desconfiado ao ser procurado por uma empresa oferecendo o serviço. Mas, depois de decidir fazer a parceria com uma das plataformas, o resultado foi tão bom, que passou a trabalhar com todas os principais aplicativos disponíveis no mercado. "Outra grande vantagem é que eles fazem mídia para a gente sem custo. E publicidade hoje é muito caro. Como nossa loja é pequena, se gastamos em mídia, não temos lucro", conclui.


FOCO EM BH Com cinco anos de existência, o iFood é um dos líderes do mercado on-line de delivery de comida no Brasil, com cerca de 1 milhão e 400 mil pedidos mensais. Curiosamente, Belo Horizonte figura somente em quinto lugar no ranking de volume de pedidos da empresa, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Fortaleza, respectivamente. "Se você jogar isso em um cenário econômico, BH, como a terceira maior capital do país, deveria estar mais bem colocada. Todos os nossos esforços estão voltados para Belo Horizonte. A cidade é, atualmente, a menina dos nossos olhos", destaca Bruno Rossi, diretor comercial da iFood. A empresa realiza um trabalho especial na capital, e conta com uma equipe na cidade para captar parceiros e fazer a divulgação da plataforma. Em nove meses de trabalho aqui, o iFood apresentou crescimento de mais de 80%. Com uma rede de 500 estabelecimentos parceiros em BH, a média de pedidos mensais é em torno de 110 mil.

"Existe hoje em Belo Horizonte uma demanda reprimida. Nossa base de usuários está transbordando em relação aos estabelecimentos que temos. Isso faz com que cada restaurante tenha um incremento de vendas muito alto. Diferentemente do resto do Brasil, que a média de crescimento é de 15%, em BH esse aumento de vendas inicial fica entre 20% e 30%", completa Rossi.


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