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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 17-02-2016 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Comércio em BH caiu 4,34%, diz CDL

Gaspar alerta para a falta de confiança dos consumidores/Marco Antônio Gaspar

Da mesma maneira como Minas Gerais e o Brasil, Belo Horizonte também registrou queda histórica no desempenho do comércio varejista em 2015. As vendas na capital mineira tiveram retração de 4,34% sobre o ano anterior, sendo este o pior resultado desde o início da pesquisa, em 2006. Os dados são da de Belo Horizonte (-BH), que estima novo recuo superior a 4% em 2016.

Na avaliação do vice-presidente da entidade, Marco Antônio Gaspar, pelo menos por enquanto não é possível prever nenhum cenário diferente. Ele ressalta que a crise política e econômica pela qual passa o País tem prejudicado a confiança do empresário e consumidor e, consequentemente, afetado o consumo.

"Entraves políticos vêm impedindo a formação de um plano consistente por parte do governo federal de crescimento a longo prazo. Isto acaba por impactar negativamente na confiança dos empresários e consumidores. E, até que tenhamos mudanças nas formas de governar, não podemos esperar resultados muito diferentes neste exercício", explica.

O vice-presidente da entidade afirma que a retração já era esperada e justifica que enquanto o empresário está preferindo deixar o dinheiro parado no sistema financeiro, o consumidor segue com receio de perder o emprego e tem evitado consumir e está postergando as compras mais caras. Assim, produtos de maior valor agregado, como material de construção, automóveis e móveis, tiveram quedas substanciais no decorrer do ano passado, enquanto outros, como perfumes e cosméticos, superaram as expectativas.

Natal frustrante - Quando considerado apenas o último mês de 2015, as vendas do comércio belo-horizontino foram frustrantes. Embora no fim do ano passado a -BH tenha divulgado a estimativa de uma queda de 2,15% sobre o exercício anterior, o recuo chegou a 3,81%. Assim, ao invés de R$ 3,09 bilhões previstos em vendas natalinas, a capital mineira contabilizou R$ 3,03 bilhões.

"Novamente observa-se nesta base de comparação o efeito negativo da desaceleração da atividade econômica, do aumento da inflação e da taxa de juros sobre o nível de consumo e, por consequência, das vendas", reitera o vice-presidente.

Na comparação com novembro de 2015, as vendas de dezembro apresentaram crescimento de 2,99%. Os segmentos que apresentaram crescimento foram: tecidos, vestuário, armarinho e calçados (4,79%), drogarias, perfumes e cosméticos (3,92%), artigos diversos que incluem brinquedos, material fotográfico, computadores e acessórios, artefatos de borracha e plástico, discos e fitas, óticas, caça e pesca, cutelaria e material esportivo (3,7%), supermercados e produtos alimentícios (2,66%) e ferragens, material elétrico e de construção (1,66%).

Por outro lado, apresentaram queda os seguintes segmentos: máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-6,11%), veículos novos e usados (-3,18%) e papelarias e livrarias (-0,63%).


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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