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Estado de Minas Online ( Feminino e Masculino ) - MG - Brasil - 14-02-2016 - 12:01 -   Notícia original Link para notícia
Jeans, o queridinho que nunca sai de moda

Denim é o tecido para se fazer as roupas de jeans que continuam em alta na primavera-verão 2017, rasgados, manchados, com lavagens especiais. As tendências foram apresentadas na Colombiatex 2016


Das passarelas do mundo direto para as ruas. No ano dedicado ao denim, o tecido que dá forma às peças jeans vai mostrar uma infinidade de variações capazes não só de encher os olhos por tamanha exuberância, mas também de garantir beleza, estilo e conforto no dia a dia. Para a Primavera/Verão 2017, sem dúvida, o superstrech será o carro-chefe, com peças mais macias e coladas ao corpo, que deixam as formas bem delimitadas no vestuário feminino e trazem conforto para o homem, que já não abre mão das peças com elastano. Mas, questões comportamentais e de gênero também vão pautar as grifes, que apostam nos denins 100% algodão para levar ao mercado peças mais largas, soltas e fluidas.




De modo geral, é certo: o denim da temporada valorizará os azuis intensos, com tingimentos e acabamentos capazes de permitir diversas lavanderias. E o mais importante: o denim é o tecido mais democrático de todos. Atinge todas as camadas sociais e vai do estilo mais descontraído, passando pelo básico, até o mais refinado. Basta mudar os acessórios para arrasar na escolha.



Sem dúvida, será uma temporada de muito brilho, fibras metálicas e resinas nos índigos, que vão dar destaque e glamour aos looks. Calças, vestidos e camisas também vão valorizar os manchados, sombras escuras, marcas de luz e salpicados com tonalidades de branco no índigo blue. Já no white denim, será a vez dos estampados em tom de azul.



O look total denim e o destroyed também ganharam força com a volta do tradicional jeans nas mais variadas graduações de azuis ao guarda-roupa. Para os homens, vale sobrepor calças ou bermudas jeans com camisas do mesmo tecido. Enquanto as mulheres podem abusar de shorts, saias, calças, camisas e macacões, soprepostos com peças em índigo. Nas calças, coletes e jaquetas, muitas aplicações de patches coloridos. Para não errar, basta combinar diferentes modelos, cores e texturas. O segredo em looks total denim está na lavagem dos jeans.



Já o conceito destroyed leva em conta aspectos de comportamento. Em uma época em que a massificação de estilo cansa aos que preferem algo mais pessoal e personalizado, o jeans destruído é uma boa maneira de ficar por dentro das tendências, porém com personalidade e o jeitão de "fui eu quem fez". Com isso, será cada vez mais comum ver peças não somente rasgadas, mas também com remendos, que terão muito destaque.



"A ideia é mostrar, com o jeans surrado e com aspecto de velho, o quanto a peça faz parte do dia a dia das pessoas", explica Martha Cálad, a diretora do Laboratório de Moda e Economia do Inexmoda, instituto responsável pela Colombiatex 2016. A feira de negócios do setor têxtil foi realizada em Medellín, na Colômbia, entre os dias 26 e 28 de janeiro. Com participação de 40 países, entre eles o Brasil, a feira é a mais importante da América Latina neste segmento. Gerente de exportação da marca mineira Cedro, Alessandra Andrade, destaca que a marca levou para a feira suas novidades em denim azul intenso, que vão possibilitar diversos tipos de lavagens e tingimentos. Assim como ela, a gerente de exportação da Santanense, Michele Gallo, reforça a aposta no super strechstrech, seguindo a grande tendência de mercado. Já nas sarjas, as tonalidades vibrantes se mantém em alta, segundo ela.

CORES E ESTAMPAS Apesar de ser o ano do denim, outros tecidos também terão destaque, como os crepes, sedas, viscoses, tecidos com mesclas sintéticas, efeitos, os craquelados, além do couro. E, além de chique, a temporada Primavera/Verão 2017 promete ser chique e atenta às questões sociais. De acordo com Martha Cálad, a moda fará um resgate ao passado, ao primitivo, ao ancestral, resgatando estamparias com elementos tribais e que remetem à arqueologia mítica. Ao mesmo tempo, cores claras mesclam com escuras, para dar atemporalidade às peças, aliando o primitivo ao futuro.



Símbolos como o caleidoscópio vão estar em alta, remetendo à inclusão, à pluralidade, bem como desenhos étnicos, indianos e arabescos. O romantismo ganha forma nas peças com flores aquareladas, brilhantes ou pastéis e as folhagens também dão ar de alegria e tropicalidade tanto no vestuário feminino quanto no masculino. Neste último, em tons mais terrosos.


 


 


Empresas brasileiras marcam forte presença na feira


 


Empresas brasileiras do setor têxtil estão de olhos voltados para as exportações, especialmente para os vizinhos da América Latina. Isso porque, com a crise econômica no país e a mudança no câmbio, por causa da alta do dólar, as marcas sofreram com a queda nas vendas no mercado interno: a redução no consumo de peças prontas de vestuário chegou a 8% em 2015. Agora, elas apostam nas vendas além das fronteiras para aquecerem seus negócios. Prova disso é o aumento da participação dos brasileiros na 28ª edição da Colombiatex, em Medellin. Neste ano, 35 expositores do setor têxtil daqui viajaram para mostrar seus produtos na feira, considerada a mais importante da América Latina e com projeções para fechamento de negócios que ultrapassa 80%. Dois desses eram as mineiras Cedro e Santanense.



A presença do Brasil em 2016 é 150% maior que no ano passado, quando foram 14 empresas. Com o aumento, os brasileiros ocuparam o primeiro lugar entre os países da América em número de expositores no evento e o segundo no mundo - ficando atrás apenas da Índia, que levou 46 marcas. "O Brasil é um expoente muito importante para a Colombiatex e tem muitas relações comerciais com a Colômbia", afirma Carlos Eduardo Botero, presidente-executivo do Inexmoda, instituto que promove a feira.



Ele destaca a parceria com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) que tem alavancado a presença brasileira na feira, além de contribuir para fechamento de negócios entre os país vizinhos. No ano passado, a Colômbia exportou para o Brasil um total de 50 milhões de dólares, principalmente na venda de poliéster e na relação contrária, as importações de tecidos brasileiros acumularam 44 milhões de dólares. A relação comercial é considerda positiva por Botero, principalmente por não haver acordo de livre comércio entre os países.


 


COLOMBIATEX 2016 
em números

510 expositores
40 países participantes
21.300 visitantes
12.180 compradores nacionais
1.770 compradores internacionais
11.618 metros quadrados 
de estandes, espaços 
de conferência, 
conhecimento e lazer


PARTICIPAÇÃO 
BRASILEIRA

35 expositores brasileiros (dois mineiros), 
150% a mais que 2015 quando foram 
14 empresas brasileiras
1º lugar em número de expositores entre países das Américas, atrás apenas da Índia, que levou 46 empresários à feira



Diretor superintendente da Abit, Fernando Pimentel, reforça a boa relação e vislumbra um cenário um pouco melhor para o setor neste ano. "A tendência é que o consumo interno evolua um pouco, mas não muito. O encontro das contas do ano passado com as questões econômicas deste ano vai definir o quanto as pessoas vão comprar em moda", afirma.


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