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Estado de Minas Online ( Negócios e Oportunidades ) - MG - Brasil - 14-02-2016 - 12:23 -   Notícia original Link para notícia
Desempenho positivo

Na contramão da crise, o franchising brasileiro cresceu 8,3% em faturamento em 2015, comparado ao mesmo período de 2014. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor enfrentou com criatividade e adaptação o ano passado, totalizando R$ 139,593 bilhões em negócios. Ao final de 2014, as expectativas para 2015 se mostravam bastante incertas e nebulosas para muitos empreendedores por conta da crise política e econômica que se mostrava em ascensão no país. Com o brasileiro agindo com cautela, o setor teve que trabalhar ainda mais pautado por interesses e necessidades de consumidores e mercado cada vez mais receosos e exigentes.

O esforço do segmento trouxe reflexos positivos para a economia brasileira. 1,189 milhão de empregos diretos e mais de 90 mil postos de trabalho foram gerados em 2015. Números que batem de frente com a média anual de desemprego no país, que fechou 2015 em 6,8%. As unidades de franquias deram salto de 10,1%, com 138,343 pontos de vendas e crescimento de 4,5% no número de redes, com 3.073. Para o ano em que as projeções apostavam em um recuo no aparecimento de novas marcas, 2015 apresentou 131 novos empreendimentos no setor de franquias.

O movimento de franchising esteve em expansão, principalmente no interior do Brasil, chegando a cidades com menos de 50 mil habitantes, de acordo com a pesquisa. Isso mostra que a ideia de que os grandes centros comerciais do país, concentrados no Sudeste, aparentemente recebem maior número de investimentos do segmento têm caído por terra. No Nordeste e Centro-Oeste do país, por exemplo, houve uma acentuação maior que os grandes polos comerciais brasileiros. A presença de franquias nos municípios nacionais atingiram 40% no ano passado, 3% a mais que em 2014.

Os resultados poderiam ser melhores. Nos primeiros três trimestres de 2015, o setor de franchising se portava como um dos segmentos que mais apresentariam prospecção anual no país, se não fosse por conta do último semestre do ano, quando algumas aberturas não contribuíram muito para o faturamento do ano. Apesar do crescimento de 8,3%, o incremento nominal ficou abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano em 10,7%. Para 2016, o que deve prevalecer são os aprimoramentos de serviços de redes por meio de treinamentos, redução de custos e inovação de produtos e investimentos em tecnologia que auxiliem produção e gestão dos negócios.

Para este ano, a ABF se mantém conservadora quanto à projeção anual. Um possível freio no faturamento pode ser considerado por causa do maior investimento de franqueados em negócios de pequeno porte, as chamadas microfranquias. O estilo de negócio é tendência e apresenta crescimento considerável devido aos baixos investimentos e custos para quem quer apostar no setor gastando pouco. Sendo as unidades que têm também menor faturamento comparado a modelos convencionais de investimento médio do franchising. Esperamos que em 2016, o faturamento nominal de franchising supere a inflação do período, resultado que não ocorre desde 2013, apesar do crescimento nominal positivo.


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