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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 13-02-2016 - 10:22 -   Notícia original Link para notícia
Mercados têm dia de alívio, e Bolsa de SP encerra em alta de 1,25%

Após ser negociado a R$ 4,005, dólar termina em leve queda, a R$ 3,991


A possibilidade de um corte na produção mundial de petróleo deu ânimo ontem aos mercados financeiros. Esse cenário mais positivo contribuiu para a alta de 1,25% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), aos 39.808 pontos. Na semana, no entanto, o Ibovespa encerrou em queda de 1,93%. A menor aversão ao risco também limitou a alta do dólar, que operou pressionado devido às dúvidas sobre o ajuste fiscal. A moeda americana terminou cotada a R$ 3,991 - na máxima, chegou a ser negociada a R$ 4,005 -, com leve alta de 0,17%, mas estável na semana.


BRENDAN MCDERMID/REUTERS Otimismo recuperado. Operadores da Bolsa de Nova York: Dow Jones teve valorização de 2%, e S&P, de 1,95%


Depois do forte abalo da quinta-feira, os investidores tiveram um dia de alívio após a sinalização de que a Organização dos Exportadores de Petróleo (Opep) poderá cortar sua produção da commodity. A queda da demanda, a desaceleração da China e o aumento da oferta levaram a cotação do óleo aos menores patamares em mais de uma década. A expectativa de uma ação por parte da Opep fez os preços do petróleo no mercado internacional dispararem ontem (veja ao lado).


Para Alexandre Wolwacz, diretor da Escola de Investimentos Leandro & Stormer, a Bovespa acompanhou o exterior, em meio à ausência de notícias positivas no Brasil:


- A Bolsa reflete a recuperação do preço do petróleo no exterior. Ontem (quinta-feira), as Bolsas caíram muito por conta da preocupação com os bancos. Há um movimento de repique, e aqui acompanhamos essa alta.


As ações da Petrobras avançaram na esteira da recuperação dos preços do petróleo. Os papéis preferenciais (PN, sem direito a voto) da estatal subiram 5,20%, a R$ 4,45, e os ordinários (ON, com voto) avançaram 6,76%, a R$ 6,31. Outras commodities também se recuperaram lá fora, o que contribuiu para o bom desempenho da Bovespa. No caso da Vale, as ações PN subiram 2,02%, e as ON tiveram valorização de 3,85%.


AJUSTE FISCAL AINDA PREOCUPA


No setor bancário, um dos mais afetados pelo tombo de quintafeira, porém, esse movimento não foi tão forte. Com a desaceleração da economia chinesa e a retração nos preços do petróleo, muitos projetos do setor de energia se tornaram inviáveis, e as empresas da cadeia de óleo e gás tiveram sua capacidade de pagamento afetada. Esse risco de calote tem pressionado as ações dos grandes bancos globais, o que, na quinta-feira, respingou no Brasil. Ontem, porém, os papéis PN de Itaú Unibanco e Bradesco tiveram alta de 0,78% e 0,31%, respectivamente. Já o Banco do Brasil recuou 0,45%.


No exterior, também foi um dia de ganhos. O DAX, da Bolsa de Frankfurt, subiu 2,45%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 2,52%. O FTSE 100, de Londres, fechou em alta de 3,08%. Em Nova York, o índice Dow Jones teve valorização de 2%,e o S&P 500, de 1,95%. A Bolsa eletrônica Nasdaq avançou 1,66%.


Já os mercados asiáticos refletiram o tombo da véspera. O Nikkei 225, de Tóquio, perdeu 4,84%, e Hong Kong caiu 1,22%. Em Seul, o índice Kosdaq desabou 6,06%, e o Kospi, 1,41%.


Apesar do alívio de ontem, no Brasil persiste a preocupação com o ajuste fiscal.


- Os investidores estão cautelosos com a perspectiva fiscal brasileira. O adiamento dos cortes do Orçamento sinaliza a incapacidade do governo em reduzir gastos. Isso pressiona o dólar, apesar da menor aversão ao risco no exterior - disse Ricardo Zeno, sócio da AZ Investimentos.      


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