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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 30-01-2016 - 10:54 -   Notícia original Link para notícia
Com alta do dólar, fundo cambial lidera rendimento entre aplicações

Já os investimentos em ações tiveram o pior desempenho no mês de janeiro



Com a valorização do dólar, os fundos cambiais voltaram a proporcionar bons ganhos para o investidor neste mês. A aplicação foi a que apresentou a maior rentabilidade em janeiro, com ganhos de 2,48%, seguida pelo desempenho dos fundos multimercados livres, que subiram 1,20%. Já as piores opções foram os investimentos em carteiras que seguem os índices de ações, que tiveram retração de 10,75%.



Os dados de rendimento dos fundos são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e referem-se ao desempenho acumulado em janeiro até o dia 26. Ainda tiveram desempenho significativo os fundos de renda fixa duração livre e renda fixa duração baixa, com altas de, respectivamente, 1,08% e 0,91%. Essas duas categorias superaram a poupança, que, no mês, rendeu 0,63%. A inflação em janeiro, medida pelo IPCA-15, ficou em 0,92%.



Com ganhos negativos, além dos fundos de ações índice ativos, os de ações livres recuraram 6,64%. Nos dois casos, o tombo é consequência do desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em janeiro, quando o índice de referência Ibovespa recuou 6,79%. Já o dólar comercial registrou alta de 1,84%, a maior variação mensal desde setembro.



 Janeiro foi um mês em que o Banco Central não atuou tanto no mercado de câmbio. Ainda houve a questão do impacto dos juros americanos e a China - lembrou Mauro Calil, especialista em investimentos do banco Ourinvest, explicando a razão pela qual os fundos cambiais tiveram um bom desempenho no mês.



Para fevereiro, o consultor de investimentos Fabio Colombo lembra que é preciso ficar atento aos fatores que mais devem influenciar as principais variáveis a que são indexadas os investimentos. Entre elas, ele cita as discussões em torno do crescimento das grandes economias do mundo (Estados Unidos e China), a retomada dos trabalhos no Legislativo e a evolução do preço do petróleo.



 Vamos ter o encerramento do recesso parlamentar e, consequentemente, a volta do trâmite do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff - lembrou Colombo.



Antes do início do recesso, em dezembro, o cenário político intensificou a volatilidade nos mercados financeiros. Já neste início de ano, o comportamento esteve mais atrelado às notícias externas, como a desaceleração na China e a redução do preço do petróleo.



Nesse cenário de maior volatilidade, especialistas recomendam a aplicação em títulos atrelados aos juros, uma vez que a Selic segue patamar elevado, em 14,25% ao ano. Para quem mira o curto prazo, a indicação é em fundos ou instrumentos financeiros pós-fixados. Para quem tem um horizonte maior de investimento, como três ou quatro anos, a sugestão são as categorias prefixadas de investimento (uma vez que no longo prazo os juros devem recuar) ou os que acompanham a inflação e ainda pagam um prêmio. No caso de fundos, o melhor é optar pelos que têm taxa de administração de no máximo 1% ou 1,5%, para a rentabilidade líquida não ser muita afetada.



Os fundos cambiais são indicados apenas para quem tem volumes maiores de investimento, acima de R$ 200 mil, e ainda assim uma parcela limitada do patrimônio - em torno de 10%.



 Em função do dólar já ter se valorizado muito no último ano, hoje é bastante arriscado para o investidor comum ir para um fundo com variação cambial. A moeda já está em um patamar muito elevado lembrou o economista e consultor financeiro Fernando Pinho.



Já a caderneta de poupança é indicada apenas para os investidores que devem usar os recursos no curtíssimo prazo, dentro de um ou dois meses, já que a rentabilidade está abaixo da inflação - por outro lado, a aplicação é isenta do Imposto de Renda e não tem carência.      


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