O atual cenário da economia brasileira está estimulando o empreendedorismo, em especial em relação aos jovens, que estão percebendo nas microfranquias a oportunidade para colocar em prática os conteúdos sobre gestão e negócios aprendidos na universidade, e aos recentemente desempregados, que encontram nessa situação o "empurrãozinho" que lhes faltava para iniciarem o tão sonhado negócio próprio. A modalidade empresarial é uma alternativa para o contexto econômico devido à exigência de baixo investimento, reduzido custo operacional, retorno rápido e excelente rentabilidade. Conforme dados da Loja de Franquia.com, as microfranquias respondem por 25% das franquias vendidas na loja.

A Associação Brasileira de Franchising (ABF) classifica que esse tipo de negócio está entre os investimentos de R$ 5 mil até R$ 85 mil, considerando taxa de franquia, capital de giro, infraestrutura, etc. O início do ano é um momento favorável para potenciais microfranqueados por causa da possibilidade de contar com uma sazonalidade que tende a ser mais vantajosa no segundo semestre e, nos casos dos que deixam de trabalhar para entrar no segmento, de poder contar com acertos financeiros, como 13º e planos de demissão voluntária (PDVs) das grandes empresas.

Muitas vezes, as microfranquias são associadas a uma modalidade que não exige ponto comercial e, portanto, atreladas à possibilidade de se trabalhar em casa. O home based, como também é conhecido, permite grande redução das despesas operacionais. Contudo, depende muito mais do tipo de negócio que do fato de ser microfranquia ou não. Outro atrativo está na taxa de mortalidade, que é menor em comparação com as microempresas autônomas, segundo a ABF. Sem contar que o negócio já foi testado, avaliado e reconhecido pelo mercado.

Entretanto, os empreendedores devem trabalhar com os pés no chão. Os direitos, obrigações, riscos e desafios das microfranquias são iguais aos de qualquer modalidade empreendedora. Não é diferente no franchising. É recomendável conhecer as leis, encargos, impostos, cadeia de suprimentos e, sobretudo, o mercado. Deve-se analisar as várias marcas e a satisfação dos franqueados, concorrência, ponto comercial, elaborar um plano de viabilidade econômica-financeira e, claro, contar com a opinião de um especialista. Diversas marcas já estão na mente dos jovens, sobretudo as de alimentação, porém, é preciso afinidade com o segmento para que a escolha da microfranquia ideal não seja puramente emocional.

O processo de retorno do capital investido nas microfranquias tende a ser mais rápido que em franquias mais caras, pois a lucratividade pode ser maior devido aos custos operacionais mais baixos. Outra dica é contar com uma poupança reserva, já que, como todo empreendimento, o retorno pode demorar mais do que o previsto. O ideal é investir até dois terços do capital disponível, uma vez que o tempo de maturidade pode dilatar e, sem reserva, o microempresário pode ficar em apuros.

Em meio a especulações negativas, entendemos que 2016 será o ano do empreendedorismo, com as microfranquias abrindo janelas de oportunidades para a economia do país. Com baixo investimento, o retorno pode ser rápido e gerar condições de ganhos maiores para o funcionário que sonha empreender. Aproveite o momento, seja dono do seu próprio negócio em 2016.