Enquanto vários segmentos do comércio sofrem com a crise, o setor da beleza passa praticamente imune à atual realidade econômica do país. O dono de um salão de beleza localizado na Galeria do Ouvidor, no Centro de Belo Horizonte, confirma que o movimento continua alto e que seu estabelecimento registrou em dezembro um crescimento de 15% nas vendas em relação ao mesmo período do ano anterior.

Para o comerciante, a necessidade que as mulheres têm em se manter belas faz com que elas 'ignorem' a crise e continuem investindo em produtos e tratamentos estéticos. "Talvez a necessidade da mulher de cuidar da aparência, o bem estar que traz, ser bem cuidada, isso aumenta a autoestima da mulher e faz com que ela tenha uma regularidade neste gasto", opinou o dono do salão.

A esteticista Flávia confirma que não reduziu os gastos pessoais com produtos de beleza e que sua clientela segue fiel, apesar dos problemas econômicos do país. "Eu também mexo com beleza, sou esteticista, então, além de eu proporcionar beleza para os clientes, eu também me preocupo com a minha. Então, estou sempre em busca de inovações, de coisas diferentes no mercado", disse Flávia.

Na opinião do vice-presidente da Câmara dos Dirigentes LojistasCâmara dos Dirigentes Lojistas (CDLCDL) de Belo Horizonte, Marco Antonio Gaspar, a crise faz com que as mulheres gastem mais com tratamentos de beleza e os homens com bebidas alcóolicas. "Na verdade a busca pela autoestima, porque você está um pouco deprimido por essa crise, faz consumir mais os cosméticos. E até os homens, que às vezes estão em depressão, tendem a beber um pouco mais. Essa é uma das explicações que esses setores tiveram crescimento no faturamento", afirmou Gaspar.