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Estado de Minas Online ( Bem Viver ) - MG - Brasil - 10-01-2016 - 11:17 -   Notícia original Link para notícia
Despedida digna aos animais

Cemitérios e crematórios para os pets já são realidade em grandes centros, como Belo Horizonte. O intuito é dar conforto aos bichinhos



Eles não são mais comprados. São adotados. Os antigos donos viraram pais. Casais com filhos chegam a apresentá-los como um irmão às crianças. Os pets já superaram há tempos o status de meros animais de estimação. Como legítimos membros da família, os bichinhos têm lugar cativo na vida de seus "parentes", que têm de lidar com momentos de alegria e de tristeza, como a hora de dizer adeus.




A família da servidora pública Tula Ribeiro sabe bem como é passar por isso. Foram nada menos que 21 anos de convivência com a pequena fox paulistinha Tina, a alegria da casa. Tula, mais velha de quatro irmãos, tinha cerca de 5 anos quando a cadela chegou à residência. "Ela era uma cadelinha sensacional. Muito alegre, inteligente. Toda vez que meus pais acordavam, ela ia de cama em cama acordando todo mundo. Nos eventos mais importantes da nossa vida, ela estava presente. Me acompanhou na infância, adolescência e vida adulta. Não posso ver foto dela comigo e meus irmãos pequenos que choro. Sinto muito sua falta", lembra.




Quando a família foi mudar de casa, Tina foi junto. Nas viagens de férias, a cadelinha tinha espaço garantido no carro. O ambiente de amor e carinho ajudou a pequena fox paulistinha a superar, e muito, a expectativa de vida da raça, que é entre 13 e 16 anos. Mas, com a idade, surgiram alguns problemas.




"Ela ficou bem velhinha. Não estava mais dando conta nem de andar. Seu corpinho ficava cheio de feridas. Dava para ver o quanto ela sofria. Foi uma decisão muito difícil para todos, mas tivemos de sacrificá-la", conta Tula. Para garantir que não ficaria distante de Tina, a família resolveu enterrar a cadela no jardim da casa em que os pais de Tula vivem até hoje. "Reservamos um cantinho especial para ela. Até meu pai, que é uma pessoa muito amorosa, mas que não costuma chorar, chorou. Foi um dia muito marcante. Estávamos todos muito tristes, mas nos reunimos e fizemos quase que um ritual mesmo", recorda.

CORPO Como a família de Tula, quem tem um animalzinho em casa terá, uma hora ou outra, de decidir como proceder no momento do falecimento do pet. Presenciando vários desses momentos enquanto trabalhava em uma clínica de pequenos animais, a veterinária Isabela Ferreira Pinto decidiu abrir o Bosque das Águas Claras, cemitério e crematório para bichos, em São Sebastião das Águas Claras, distrito do município de Nova Lima mais conhecido como Macacos. "Achava um absurdo a pessoa não ter o que fazer com o corpo do animalzinho querido da família. Ele ficava na clínica, a pessoa pagava uma taxa e a prefeitura ia recolher. Não tinha como se despedir direito, nem dar um destino adequado, carinhoso, para ele", explica.




A veterinária conta que as clínicas não entram em detalhes sobre o destino do corpo dos animais, até para não chocar os clientes. Até o ano passado, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) encaminhava para aterros sanitários. Hoje, as clínicas contratam empresas especializadas em incinerar lixo hospitalar. "Nenhum dono gostaria de saber que esse foi o destino do seu animalzinho, que hoje é quase como um filho das pessoas", analisa.




Para oferecer conforto no momento de luto, o Bosque das Águas Claras - Cemitério e Crematório de Pequenos Animais está cercado de natureza e tranquilidade. Os serviços ofertados são de cremação individual e coletiva e sepultamento. Traslado do corpo do bichinho e o velório estão inclusos no preço. "Buscamos o animal na clínica ou na casa da pessoa. Se optarem por velório, preparamos o corpo. Tudo é ambientalmente correto, sem nenhum dano à natureza", completa Isabela.



 




Palavras Chave Encontradas: Criança
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