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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 27-12-2015 - 11:44 -   Notícia original Link para notícia
BNDES pagará R$ 4,8 bi em dividendos ao Tesouro

Valor foi decidido em reunião no dia 23 e éo menor pago desde 2008, ano da crise global


-RIO E BRASÍLIA- Em meio à crise fiscal, o governo terá um reforço de R$ 4,8 bilhões do BNDES para fechar as contas de 2015, segundo fontes. O valor é referente aos dividendos que o banco concordou em pagar ao Tesouro Nacional, seu único acionista.


O tamanho do repasse foi decidido em reunião no último dia 23, mas o banco não quis comentar oficialmente. Esse tipo de negociação costuma ocorrer todos os anos, já que o pagamento de dividendos não é obrigatório.


Apesar do quadro difícil dos cofres públicos, a remuneração foi menos generosa que em anos anteriores. Trata-se do menor valor pago em dividendos desde 2008. Naquele ano, marcado pela crise financeira internacional, o BNDES pagou R$ 4,4 bilhões ao Tesouro, entre dividendos e juros sobre capital próprio. No ano passado, o valor chegou a R$ 5,1 bilhões e, em 2013, ultrapassou R$ 7,6 bilhões.


De acordo com fonte próxima às negociações, a decisão de pagar os R$ 4,8 bilhões foi considerada vantajosa para o banco, justamente por que o valor acordado foi inferior ao de anos anteriores. Entre 2007 e 2014, o banco público pagou, aproximadamente, R$ 56 bilhões ao Tesouro. A maior remuneração ocorreu em 2010, quando os dividendos chegaram a R$ 9,9 bilhões.


Em seu último balanço financeiro, referente ao terceiro trimestre e divulgado em novembro, o BNDES informou ter lucrado, entre janeiro e setembro, R$ 6,6 bilhões, queda de 10,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.


REFORÇO TAMBÉM DA CAIXA


A ajuda se somará a outro reforço, já garantido, pela Caixa Econômica Federal. O banco público já acertou com o governo que pagará metade do seu lucro em dividendos ao Tesouro. O repasse será feito ainda este ano. A instituição financeira registrou lucro de R$ 6,52 bilhões até o terceiro trimestre.


Na reta final de 2015, a equipe econômica tenta minimizar os impactos da crise fiscal. No último dia 25, o governo editou medida provisória que autoriza o uso de recursos do chamado "colchão de liquidez" - excesso de arrecadação guardado no caixa do Tesouro - para pagar parte das "pedaladas fiscais". A operação evitaria o aumento do endividamento público. No início de dezembro, o Congresso aprovou meta fiscal que permite que o país encerre 2015 com déficit primário de R$ 119,9 bilhões.      


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