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Edição do Brasil Online - MG ( Colunas ) - MG - Brasil - 23-12-2015 - 10:36 -   Notícia original Link para notícia
Articulistas da semana - Bruno Falci





O fim do ano nos leva a fazer uma reflexão sobre o desempenho dos setores de comércio e serviços ao longo de 2015. E infelizmente, o balanço do segmento deve ficar bem abaixo da expectativa da maioria dos empresários da capital. Isso porque a economia não favoreceu os negócios.





O ano de 2015 foi marcado pela desaceleração do consumo. E isso se deve, sobretudo, a piora dos indicadores econômicos. A inflação deve fechar o ano em 10,56%. Em 2014, o índice fechou em 6,4%. Com isso, os consumidores perderam o poder de compra. O real se desvalorizou enquanto outras moedas fazem o movimento inverso. O dólar, por exemplo, fechou 2014 em R$ 2,70 e deve chegar a R$ 3,70 neste ano.





E com a inflação elevada, a estratégia adotada ao longo do ano pelo governo foi o aumento da taxa Selic. O objetivo do Banco Central é aumentar os juros para que o consumo diminua, forçando os preços a caírem. Porém, o aumento desestimula a tomada de financiamentos e prejudica os investimentos internos no setor produtivo, o mercado imobiliário e a venda de bens de consumo duráveis, como veículos e eletrodomésticos.





Aliado a esses fatores ainda temos o crescimento da taxa de desemprego em todo o Brasil. A projeção do mercado econômico é que o índice encerre o ano em 6,9%. Em 2014, ele fechou em 4,8%. Com a perda





salarial desses trabalhadores, a renda das famílias diminui e o impacto é sentido diretamente no comércio.





E os dados da de Belo Horizonte (/BH) confirmam a desaceleração do consumo. No acumulado do ano, de janeiro a outubro, as vendas no comércio da capital registraram queda de 3,48%, frente ao mesmo período do ano anterior. O desempenho é o pior desde o início da série histórica em 2007, nesta mesma base de comparação.





Mas o principal problema é que a crise econômica na qual o país está submerso é agravada pela crise política. E enquanto esse impasse não for resolvido os negócios continuarão emperrados. Para 2016, o desejo do empresariado da capital é que o governo implante uma agenda mínima de desenvolvimento, reduza a carga tributária e enxugue a máquina pública. Medidas que podem conceder um novo fôlego ao setor produtivo e gerar condições para o país retornar ao caminho do crescimento.





*Presidente da de Belo Horizonte (/BH)





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Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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