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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 23-12-2015 - 10:13 -   Notícia original Link para notícia
Eletros prevê pior 4º trimestre nos últimos 12 anos

São Paulo - A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), entidade que reúne fabricantes de eletrodomésticos e eletroeletrônicos de consumo, prevê que o período de outubro a dezembro deste ano será o pior quarto trimestre do segmento de linha branca nos últimos 12 anos. Na comparação com o quarto trimestre de 2014, as vendas de fogões, lavadoras e refrigeradores devem encolher 20%, segundo a Eletros.
 
A retração das vendas no final de ano acompanham uma tendência registrada durante os nove primeiros meses de 2015. Entre janeiro e setembro, os fabricantes venderam ao varejo aproximadamente 10,8 milhões de itens da linha branca, retração de 13,7% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Diante da queda da demanda, a Eletros prevê que o número de funcionários diretos no setor encolherá 35% ao longo de 2015.
 
"É necessário que sejam tomadas medidas para recuperar a capacidade de investimento e competitividade no setor industrial", afirma em nota o presidente da Eletros, Lourival Kiçula. Esse cenário é agravado, segundo a entidade, pelo aumento das despesas relacionadas à energia elétrica, ao custo logístico e aos insumos.
 
A Eletros também está preocupada com o possível aumento da alíquota de importação do aço, componente que responde por até 70% do preço final dos fogões e até 50% no caso das lavadoras. "O aumento na alíquota do aço prejudicará muito os esforços do setor para manter as vendas, o nível de emprego e, consequentemente, evitar o repasse de preços ao consumidor final e a pressão inflacionária", alerta Kiçula. Atualmente, as importações respondem por 8% do aço consumido no País, segundo a Eletros.
 
De acordo com a associação, a indústria foi muito atingida, e um possível aumento das alíquotas do Imposto de Importação do aço pode comprometer a rentabilidade das empresas e atingir diretamente projetos de investimento em uma conjuntura econômica fraca e instável, em que o consumidor enfrenta restrição ao crédito, baixo índice de confiança e inflação. "É necessário que sejam tomadas medidas para recuperar a capacidade de investimento e competitividade no setor industrial", reforça Kiçula
 
O aço é o principal componente na produção de fogões e corresponde a algo entre 60% e 70% do preço final do produto. Para os refrigeradores, o índice oscila entre 25% e 35% e. no caso de lavadoras, de 40% a 50% do produto. (AE/ABr)


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