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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Negócios ) - MG - Brasil - 23-12-2015 - 10:16 -   Notícia original Link para notícia
Thomaz Rabelo soma, hoje, 17 lojas na Capital e Contagem

A história do grupo Thomaz Rabelo começou em 1998, com o empresário Antônio Paulo Thomaz assumindo os riscos de um negócio próprio, que incluía uma fábrica de acessórios em couro em um galpão alugado e uma loja. Hoje, os filhos Ludmila Moreira Thomaz, Natália Moreira Thomaz e Igor Moreira Thomaz comandam os negócios - que continuam presididos pelo pai -, que somam uma fábrica e depósito com três andares no bairro Cachoeirinha, na região Nordeste, e 17 lojas espalhadas por Belo Horizonte e Contagem.
 
"Foi tudo rápido no início. Em sete meses, já eram seis lojas abertas. Como todo negócio, tivemos depois um período muito complicado entre 2000 e 2001. Chegamos a pensar em encerrar as atividades. Nossa grande preocupação era não deixar nossos empregados e fornecedores sem receber. Nossa linha de pensamento sempre foi da responsabilidade. Se fosse preciso, venderíamos patrimônio particular para saldar nossos compromissos", relembra Ludmila Moreira Thomaz.
 
Em 2002, a empresa começou um processo de recuperação e, quatro anos depois, teve início o processo de expansão. O modelo escolhido foi o de lojas próprias, que costuma levar a um avanço mais lento, porém mais seguro, na visão dos diretores. "Já tivemos muitos solicitações para franquear a marca, mas não é esse a nossa opção. Somos uma empresa familiar que prima pela qualidade dos produtos e pelo atendimento ao cliente. Ter apenas lojas próprias pode nos fazer crescer mais lentamente, mas mantemos o controle e a agilidade das decisões", explica Igor Moreira Thomaz.
 
A planta, hoje com 65 empregados, se dedica à fabricação das bolsas de couro. O restante do mix é composto por um conjunto de fornecedores nacionais e estrangeiros. Os demais acessórios de couro são de fabricantes do Sul do País. Outros itens, como bijuterias, vêm de dentro e de fora do Brasil, sendo boa parte da China. "Não temos como 'resistir' aos chineses. Vimos muitos parceiros quebrarem por causa dessa concorrência. O que fazemos, com muito cuidado, é uma curadoria dos produtos. Tudo tem que ter a melhor qualidade dentro da sua categoria e 'uma cara' da Thomaz Rabelo. A cliente tem que reconhecer a nossa identidade nos produtos, na vitrine", destaca Natália Moreira Thomaz, diretora responsável pelas compras da empresa.
 
Para manter essa identidade, fortalecer o atendimento é fundamental. Nas lojas, são 130 funcionárias, todas treinadas pela empresa. Todas as gerentes fizeram carreira dentro da empresa e são elas as responsáveis pela aprovação dos itens de fabricação própria. "Na fábrica, são duas modelistas que pesquisam, viajam e, principalmente, ouvem as nossas clientes. Isso é feito pelas das gerentes. São elas que têm o contato direto. Nada vai para a prateleira sem que elas aprovem. De outro lado, as vendedoras precisam conhecer os produtos, saber oferecer e argumentar com a cliente. As pessoas estão muito mais seletivas ao gastar e a vendedora deve entender o que o cliente deseja e precisa", revela Ludmila Moreira Thomaz.
 
Ainda sem ter os números fechados, os irmãos já sabem que 2015 foi um ano pior que 2014 e não preveem que 2016 será mais fácil. A estratégia de controle severo de custos e foco no relacionamento direto com as clientes será mantida. "Esse ano, cortamos qualquer desperdício, fortalecemos as políticas de recursos humanos e controle de estoque e investimos no relacionamento direto, como as promoções e brindes em datas especiais. Renovamos o layout das lojas e intensificamos ações que dialogam diretamente com o nosso público, que tem perfil diferente dependendo da localização da loja. Não temos previsão de novas aberturas para 2016 e esperamos um ano também difícil. Tão logo a crise arrefeça, voltaremos a crescer, mas sempre com passos seguros, partindo da nossa base na região metropolitana", completa Ludmila Moreira Thomaz.


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