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Portal EM ( Economia ) - MG - Brasil - 23-12-2015 - 09:30 -   Notícia original Link para notícia
Consumo cai e barra reajuste de preços - 6h00

A perda de renda, os juros elevados e o medo do desemprego acabaram barrando o consumo e, com isso, os reajustes dos preços. Com a demanda menor, ofertas e liquidações no comércio se transformaram em clara estratégia do varejo para desovar estoques, avalia a economista Ana Paula Bastos, da de Belo Horizonte (-BH). A carne de porco fugiu à regra da demanda baixa que comprimiu os preços.


O consumo dos cortes de porcos cresce em Minas Gerais, na contramão do movimento de remarcações da carne de boi. O recuo é resultado da diminuição das exportações, o que provocou aumento da oferta no Brasil e abre caminho, então, para o efeito da lei da oferta e da procura, destaca José Arnaldo Cardoso Penna, vice-presidente da Associação de Suinocultores de Minas Gerais (Asemg). Nos últimos meses, as vendas externas do setor se recuperaram e devem ultrapassar 500 mil toneladas embarcadas de todo o Brasil.

Embora melhor remunerados pelos clientes no exterior, os suinocultores agora enfrentam a elevação dos insumos, principalmente do milho e da soja. O cenário, portanto, tem novos ingredientes que podem mudar o movimento dos preços ao consumidor. "Estamos muito apreensivos, porque a continuar a alta dos custos de produção teremos de definir como repassar os aumentos para o consumidor", diz o vice-presidente da Asemg.

Desde o mês passado, o custo de produção nas granjas subiu de R$ 3,60 para R$ 4,30 por quilo do animal vivo. Considerando-se o impacto do frete mais caro, do milho e da soja, que compõem a ração, os produtores estão pagando pelo menos 15% a 20% mais. A remuneração paga às fazendas melhorou, impulsionada pelas exportações, mas ainda é considerada insuficiente ante os custos: está em R$ 4,50 por quilo do animal vivo, ante cerca de R$ 3 em julho último.

No varejo, se a demanda continuar desaquecida e os custos não sofrerem picos, as empresas vão continuar com dificuldade de remarcar os preços, na opinião da economista da , Ana Paula Bastos. "Há muitas ofertas e liquidações para desovar estoques por que o consumidor está retraído, com as taxas de juros altas, o nível alto de endividamento das pessoas e o medo do desemprego", afirma. Não por outros motivos, pesquisa da -BH indicou que o gasto médio do consumidor com presentes neste Natal será de R$ 89, ante R$ 101 na festa de 2014. A instituição trabalha com projeção de queda nas vendas de 2,15% neste mês, frente a dezembro do ano passado.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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