Leitura de notícia
Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 17-12-2015 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Varejo reage após 8 meses de baixa

O varejo brasileiro respirou em outubro. As vendas do setor cresceram 0,6% na comparação com setembro, depois de oito meses de queda, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A retração que vinha afetando a atividade alcançou 6,3% no período, marcado por perdas acompanhadas pelos técnicos do IBGE com base na série livre de influências sazonais do indicador. A receita nominal dos negócios também deu a volta por cima, com alta de 1,2% ante o resultado de setembro.

Já na comparação com outubro do ano passado, as baixas se mantêm, atingindo 5,6%, sétima taxa negativa nessa base de comparação. No entanto, a retração foi menos acentuada do que nos dois meses imediatamente anteriores, quando o IBGE verificou recuos de 6,3% em setembro e de 6,9% em agosto. As dificuldades do consumidor e do comércio são ainda percebidas na análise dos 10 primeiros meses do ano, em que as vendas diminuíram 3,6%, em relação a igual período de 2014, maior retração desde janeiro de 2004.

Em Minas Gerais, o varejo perdeu menos em outubro, diante de um recuo de 0,3%, seguido de retrações bem maiores, de 2,5% e 2,8%, nos meses anteriores. A taxa ficou negativa também de janeiro a outubro, em 1,8%. A boa notícia no Brasil, em outubro, foi o crescimento das vendas em cinco das oito atividades comerciais pesquisadas. O principal destaque ficou por conta da comercialização do grupo de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que cresceu 2% de setembro para outubro.

Na mesma direção, subiram as vendas de tecidos, vestuário e calçados, com alta de 1,9%; e de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,5%). Taxas positivas foram também observadas para os grupos de livros, jornais, revistas e papelaria (0,7%) e móveis e eletrodomésticos (0,6%), que voltam a registrar avanço depois de sete recuos seguidos. Fecharam em queda, de setembro para outubro, os negócios com equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (9,2%), combustíveis e lubrificantes (2,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,6%).

Ainda na análise mensal dos dados do IBGE, por regiões, as vendas no varejo cresceram em 21 das 27 unidades da Federação. As maiores elevações foram verificadas no Ceará (3,5%) e Rio Grande do Norte (2,1%). Apresentaram as maiores quedas Tocantins e Espírito Santo, ambos com retração de 0,8%. Na comparação com outubro de 2014, as taxas negativas foram vistas em todos os locais. O comércio do Amapá recuou 20,9% e o da Paraíba 17,9%.

DESACELERAÇÃO Levantamento sobre o comportamento do varejo também divulgado ontem pela de Belo Horizonte (-BH) mostrou que as vendas caíram 3,48% no acumulado do ano, comparado ao mesmo período de 2014. O desempenho do setor é o pior desde 2007, quando começou a série histórica. Segundo o presidente da -BH, , o resultado é fruto da desaceleração da atividade econômica, com retração de três trimestres seguidos do Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto da produção de bens e serviços do país). "O consumidor tem menos renda disponível, que vem sendo corroída pelo avanço do custo de vida Temos ainda a desaceleração na concessão do crédito, o que inibe a compra de bens de maior valor agregado", disse Falci.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
O conteúdo acima foi reproduzido conforme o original, com informações e opiniões de responsabilidade da fonte (veículo especificado acima).
© Copyright. Interclip - Monitoramento de Notícias. Todos os direitos reservados, 2013.