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Portal O Tempo ( Economia ) - MG - Brasil - 09-12-2015 - 11:04 -   Notícia original Link para notícia
Recessão provoca o fim da redução da economia informal - 4h00

R$ 932 bilhões foram movimentados sem constar no PIB



Na rua. Sem emprego de carteira assinada, trabalhadores encontram renda na informalidade


Pela primeira vez em 12 anos, não houve nenhuma variação no tamanho da economia informal no Brasil. Desde que Índice de Economia Subterrânea (IES) começou a ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco) em conjunto com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE), a tendência é de diminuição constante da informalidade, com uma exceção em 2013. O levantamento deste ano mostrou que o mercado informal movimentou R$ 932 bilhões em 2015. Esse valor representa 16,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, exatamente o mesmo percentual obtido em 2014.


A conclusão é que a estagnação nos índices de informalidade decorre do quadro de recessão econômica e instabilidade política. "Muito além de ser um indicador, o número apresenta uma tendência do mercado. A previsão para os próximos anos é de uma mudança no cenário, com crescimento do mercado informal. Indicadores como o aumento da inflação e do desemprego e a dificuldade de acesso ao crédito prejudicam a redução desse mercado", analisa o pesquisador do Ibre/FGV, Samuel Pessoa.


Os R$ 932 bilhões movimentados pela economia informal, ou subterrânea, correspondem a toda a produção de bens e serviços não reportados ao governo deliberadamente. Portanto, não consta do PIB nacional.


Segundo a economista da de Belo Horizonte (-BH), Ana Paula Bastos, quando há retração econômica, com cenário de alta do desemprego, a tendência é aumento da informalidade. "É uma questão de subsistência. A pessoa está fora do mercado de trabalho e sem perspectiva de voltar no curto prazo, então precisa criar renda para pagar as contas", explica. A estagnação da informalidade, em vez de sua diminuição, é consequência direta do recuo no número das contratações formais pela indústria e do crescimento do setor de serviços, onde a informalidade é maior. (Com Queila Ariadne)



Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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