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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Finanças ) - MG - Brasil - 08-12-2015 - 10:57 -   Notícia original Link para notícia
IPC-C1 aumenta 1,06% em novembro

Rio - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) aumentou 1,06% em novembro, resultado 0,36 ponto percentual superior à taxa apurada em outubro, quando o índice registrou 0,7%, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV).
 
Com isso, o indicador, que mede a variação das famílias com renda de até 2,5 salários mínimos, acumula alta de 10,45% no ano, enquanto a inflação dos últimos 12 meses ficou em 11,22%.
 
Com o resultado de novembro, a inflação para as famílias de menor renda ficou acima do IPC-BR, que mede a variação de preços para as famílias com nível de renda situado entre 1 e 33 salários mínimos mensais, e que fechou o mês de novembro com alta de 1% e o acumulado dos últimos doze meses com variação de 10,39%, resultado que chega a ser 0,83 ponto percentual superior ao IPC-C1.
 
A alta de novembro reflete aceleração de preços em quatro das oito classes de despesas componentes do índice, com destaque para alimentação, que passou de 0,45% para 2,32%, de outubro para novembro - alta de 1,87 ponto percentual.
 
Os preços do grupo educação, leitura e recreação passaram de 0,23% para 0,43%; comunicação, de 0,22% para 0,65% e vestuário, de 0,31% para 0,37%.
 
Em contrapartida, os valores dos grupos habitação declinaram de 1,06% para 0,41%; de transportes, de 1,44% para 0,48%; de saúde e cuidados pessoais, de 0,48% para 0,40% e de despesas diversas, de 0,12% para 0,10%.
 
Sem mudança - O quadro da inflação percebida pelas famílias da baixa renda pouco deve mudar até o fim do ano, avalia o economista André Braz, pesquisador da FGV. A alta de 11,22% em 12 meses no IPC-C1 até novembro deve remanescer em dezembro e pode promover o aumento da desigualdade entre classes no Brasil. "Essas famílias estão menos protegidas contra aumentos de preços. Você dá com uma mão, a inflação tira com a outra", explica Braz.
 
"A inflação tem sido mais elevada justamente onde o orçamento dos mais pobres é mais exigido. Alimentação, habitação, com as contas de luz, e os transportes, que incluem ônibus, foram os grupos que mais subiram ao longo deste ano, com altas de dois dígitos e acima da média nacional", acrescenta Braz.
 
Apenas em novembro, a inflação da baixa renda subiu 1,06%, mais uma vez acima da média das famílias brasileiras. Os alimentos foram os protagonistas, diante do avanço de 2,32%.
 
Isso veio em função dos in natura. Houve atraso no período do choque, o impacto climático geralmente vem mais cedo", explica o pesquisador. "Mas também há uma pressão de custo. Em 12 meses, hortaliças e legumes já subiram mais de 36%. Os gastos com energia, água e frete aumentaram."
 
Além dos alimentos in natura, as carnes também ficaram 1,25% mais caras, um impacto e tanto, já que o item responde por 3,2% das despesas da baixa renda - quase o equivalente à energia elétrica.
 
"Tenho certeza de que essa pressão de alimentos vai aliviar um pouco. Mas o índice como um todo não deve desacelerar muito, ficando em torno de 0,9% (em dezembro)", afirma Braz.(Abr/AE)
 


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