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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Cenários ) - MG - Brasil - 05-12-2015 - 12:41 -   Notícia original Link para notícia
Economia Criativa: "O Cluster" movimentou R$ 150 mil

A cena cultural e o segmento de economia criativa de Belo Horizonte acabam de ganhar um reforço com a chegada do O Cluster (www.ocluster.com.br), evento que reúne empreendedores da moda e da gastronomia, além de artistas locais. Nascido no Rio de Janeiro, o evento ajuda a divulgar marcas criativas e iniciantes e propõe um ambiente diferenciado, onde o público pode comprar, comer e conhecer mais da música e da arte da sua cidade. A primeira edição do O Cluster em Belo Horizonte aconteceu no dia 22 de novembro, reunindo 27 marcas de moda e gastronomia, além de Djs e uma pintora. A estimativa é d que o evento tenha recebido cerca de 400 visitantes e gerado R$ 150 mil em vendas.
 
A estilista e idealizadora do evento, Carolina Herszenhut, afirma que O Cluster foi um sucesso e já planeja uma próxima edição para o primeiro semestre de 2016. Ela explica que o evento já acontece há três anos no Rio de Janeiro com grande sucesso. Até hoje, foram realizadas 13 edições, envolvendo 50 marcas e um público de 4 mil pessoas por evento. Segundo a idealizadora, O Cluster reúne marcas da moda e da gastronomia que estejam dentro do conceito da economia criativa e que sejam inovadoras. 
 
?Queremos marcas de qualidade e que proponham algo novo, que sejam iniciativas diferentes. Normalmente são marcas mais novas no mercado, pois O Cluster funciona como uma plataforma de divulgação: nosso objetivo é impulsionar esses novos criativos da moda, da gastronomia e da arte?, diz. A idealizadora explica que a ideia de vir para Belo Horizonte surgiu com a sugestão de um amigo da cidade, que lhe perguntou por que não realizava o evento na Capital. Ao verificar as marcas que já participavam do O Cluster no Rio de Janeiro ela se surpreendeu com um grande número de empresas mineiras.
 
?Percebi que havia uma demanda, então era uma oportunidade. Vim a Belo Horizonte e, durante dois meses, conheci as marcas. Fizemos uma chamada aberta e selecionamos 27 marcas, sendo 20 de moda e sete de gastronomia?, afirma. Além das marcas, o evento ainda contou com a participação de cinco Djs e uma pintora da cidade. A primeira edição do O Cluster foi realizada na Casa Atelie, no Barro Preto, região Centro-Sul da Capital. ?Quisemos fugir do centro e de regiões mais nobres justamente por causa do nosso conceito: queremos que as pessoas ocupem sua própria cidade e conheçam novos lugares fora dos principais centros?, diz.
 
Entre as marcas de gastronomia presentes no evento estava a Tibo Cucina Piú Fresca (www.facebook.com/tibocucina/), que foi lançada em Belo Horizonte há seis meses e oferece molhos especiais com insumos orgânicos. Dos 10 tipos de molhos vendidos pela marca, cinco foram expostos no O Cluster e quase todas as unidades foram comercializadas nas oito horas do evento.
 
?Levamos o trio de pesto, que é uma embalagem com três molhos diferentes de pesto, e vendemos tudo. As pessoas gostaram muito porque era um produto com cara de presente gourmet, então muita gente comprou para o Natal?, comemora o criador da marca, Sinval Espírito Santo. Além do pesto, a marca expôs seu Katchup artesanal, que também esgotou, e o molho de morango com cebola. De acordo com o proprietário, as vendas no O Cluster representaram cerca de 30% do que a marca vende no mês.
 
Atualmente, a Tibo é comercializada pela internet, por meio de pedido feitos via Facebook e Instagram. Mas o proprietário explica que está sempre participando de eventos com o conceito de alimentação orgânica. ?São eventos que reúnem pessoas que veem a gastronomia de outra forma, que têm uma visão mais ética do alimento e que gostam de comer bem?, explica. Sinval Espirito Santo explica que grande parte dos ingredientes dos seus molhos vêm de uma horta própria em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O restante vem de parceiros que cultivam os alimentos sem uso de agrotóxicos. Os molhos custam cerca de R$ 30.
 
Moda - O Cluster também recebeu empreendedores representando diferentes setores do segmento da moda, como roupa feminina e masculina, sapatos e acessórios. Entre eles estava a Nuu Shoes (www.nuushoes.com/), marca de calçados femininos que foi lançada em Belo Horizonte há menos de um ano. A proprietária Marcela Amorim Torres explica que o evento é uma ótima oportunidade para marca, pois atrai o mesmo público de interesse da Nuu Shoes.
 
?O Cluster é uma referência quando se fala em moda independente e, logo que lancei a marca, tive o desejo de expor no evento, que até então acontecia só no Rio de Janeiro. Acho que é uma boa oportunidade porque o público vai para passar uma tarde de lazer e acaba conhecendo as marcas. Além disso, é interessante estar junto a outras marcas desse segmento porque uma fica conectada à outra e todas ganham força?, analisa.
 
Durante as oito horas de evento, a Nuu Shoes vendeu 15 peças, faturando cerca de R$ 4 mil. A marca está em sua segunda coleção de sapatos femininos. Eles são feitos em couro e têm um conceito de mulher urbana. ?São sapatos para várias ocasiões: indicados para o dia a dia, mas com eles a mulher também fica arrumada para sair?, diz. Atualmente, a marca é vendida pela internet e também na A Alfaiateria, no bairro Funcionários, na região Centro-Sul da Capital.
 
Representando o segmento de acessórios, a marca Alvim Joias (www.alvimjoias.com/) marcou presença no evento. Comercializada há quatro anos em um ateliê na Savassi, na região Centro-Sul da Capital, a marca também está sempre presente em eventos com esse conceito alternativo. ?Esses eventos são importantes porque além de ser mais um ponto de venda ajudam a divulgar a marca. O Cluster tem um conceito muito interessante: já participei do evento no Rio de Janeiro e resolvi participar aqui também?, afirma o proprietário Daniel Alvim.
 
Durante a edição em Belo Horizonte, o empresário vendeu em torno de 10 peças, que em média custam R$ 200. O carro-chefe da marca é a prata, mas ela também trabalha com ouro e diamante, principalmente na linha de joias para casamento. Segundo Alvim, o diferencial da marca é o design: as peças são customizadas e alternativas. 
 
O empresário afirma que há muito espaço nesse mercado de moda alternativa em Belo Horizonte e que a famosa história de que o mineiro é desconfiado não impede o consumo desse estilo. ?Existe público para todos os estilos em Belo Horizonte: tem gente que é mais tradicional, mas tem o público alternativo também. Gosto muito do mineiro e acho que para uma marca desse segmento se destacar aqui basta investir em divulgação e participar de eventos?, analisa.


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