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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Finanças ) - MG - Brasil - 26-11-2015 - 11:07 -   Notícia original Link para notícia
Decisão já era esperada pelo varejo

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de manter a taxa Selic em 14,25% ao ano, foi recebida com frustração pela indústria mineira, que atravessa um momento extremamente delicado. Na avaliação da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a manutenção dos juros em níveis tão elevados desestimula a retomada da produção e do investimento e, consequentemente, bloqueia o canal mais promissor para a recuperação do nível de atividade na economia brasileira.
 
"É verdade que a inflação do IPCA vem registrando aceleração desde o começo deste ano, aproximando-se do patamar de 10% em 12 meses. Mas também é verdade que o ritmo de crescimento dos preços vem diminuindo e que já se espera desaceleração da inflação ao longo de 2016", diz o presidente da entidade, Olavo Machado Junior.
 
Por outro lado, acrescenta Machado Junior, "observamos o aprofundamento da contração na atividade econômica no segundo semestre de 2015, com indicadores de atividade e confiança sem registrar sinais de estabilização". Como exemplo, ele cita o fato de, no acumulado deste ano até setembro, a produção industrial mineira ter caído 7,2% e o faturamento recuado 14,5%. Já nos 12 meses encerrados em setembro, a queda da produção atingiu 6,5%.
 
 "É evidente que a decisão do Copom não contribui em nada com a intenção do empresário industrial de impulsionar o investimento na economia brasileira. E não há dúvida que com esse patamar de juros cada vez menos investimentos se mostram viáveis e as finanças públicas vão se tornando mais frágeis, elevando o risco do País e comprometendo a atração de investidores" afirma o presidente da Fiemg.
 
"Conforme reiteramos em nossa mais recente Carta da Indústria, para que sejamos capazes de retomar o crescimento econômico, é necessário que a situação político-econômica evolua em direção a maior estabilidade e previsibilidade. Para isso, a sociedade brasileira precisa atacar com coragem a questão fiscal do governo central. Chegou a hora de discutir a evolução do gasto público, sua eficácia e o tamanho da carga tributária no Brasil", diz ele.


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