O final de ano se aproxima e com ele a oportunidade para os consumidores colocarem a vida financeira em dia. Prova disso é que a recuperação de crédito dos belo-horizontinos apresentou alta de 2,98% em outubro ante o mês anterior. E as dívidas estão sendo quitadas com recursos do 13º salário e da restituição de Imposto de Renda, conforme levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL-BH).

E como forma de incentivar ainda mais o consumidor a começar 2016 sem dívidas e sem nome sujo, a CDLCDL-BH promove a Campanha de Recuperação de Crédito da CDLCDL/BH, de 23 a 27 de novembro. Entre os atrativos para os belo-horizontinos que tiveram a oportunidade de renegociar os pagamentos em atraso serão oferecidos descontos de até 45% sobre o valor corrigido para pagamento a vista.

Na opinião do vice-presidente da CDLCDL-BH Davidson Cardoso, esse cenário é muito positivo para o comércio, que tem enfrentado momentos difíceis em função da trajetória de quedas nas vendas ao longo do ano. "Para o consumidor é importante deixar de ser inadimplente, ter o nome limpo e voltar a comprar. Já para o lojista é bom porque receberá pagamentos em atraso e com isso diminuir o prejuízo".

De acordo com Cardoso, está havendo um movimento de negociação por parte dos devedores junto às empresas onde possuem dívidas. "Isso é um incentivo ao consumidor para recuperar o crédito na praça. Os descontos oferecidos nas renegociações dos pagamentos em atraso são razoáveis, inclusive com redução dos juros. � uma boa oportunidade para sanar os compromissos financeiros".

Perfil - Em relação ao perfil das pessoas que mais renegociaram as dívidas junto ao SPC da CDLCDL-BH no mês passado, na comparação com setembro deste ano, as mulheres responderam por 57,36%, sendo a maioria com idades de 30 a 39 anos (26,21%). Em contrapartida, as jovens de 18 a 24 anos foram as que menos fizeram renegociação, seguidas pelas mulheres com idade de 40 a 49 anos (22,78%), de 50 a 64 anos (21,40%), de 25 a 29 anos (10,30%) e acima de 65 anos (10,12%).

Se por um lado a recuperação de crédito aumentou em outubro de 2015 ante setembro deste ano, por outro houve queda de 12,60% na comparação do mês passado ante outubro de 2014. Já no acumulado do ano, o índice apresentou queda de 9,17%. Essa situação é atribuída ao próprio cenário macroeconômico recessivo aliado ao aumento da inflação, segundo o vice-presidente da CDLCDL-BH. Ele explica que esses fatores dificultam "a vida do consumidor que prioriza os recursos financeiros para as despesas essenciais da casa, deixando de quitar débitos antigos".

Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG