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Portal O Tempo ( Últimas Notícias ) - MG - Brasil - 10-11-2015 - 09:02 -   Notícia original Link para notícia
PM promete reforçar efetivo até o fim do mês para as compras de Natal - 15h42

A preocupação dos lojistas é em relação a falta de segurança e policiamento nas ruas nesta época do ano, quando os trabalhadores recebem o 13º para as compras


PUBLICADO EM 10/11/15 - 15h42RAFAELA MANSUR


A falta de policiais nas ruas é uma das principais preocupações dos comerciantes de Belo Horizonte para o final do ano, quando as os trabalhadores recebem o 13º salário e realizam as compras de Natal.


Em reunião na () nesta terça-feira (10), a Polícia Militar prometeu reforçar o efetivo até o fim deste mês, mas não informou quantos militares serão mobilizados.


De acordo com o diretor do conselho Hipercentro, Jonísio Lustosa, a sensação de insegurança afasta os consumidores das lojas que, consequentemente, vendem menos. "Com a aproximação do Natal, os marginais sabem que todo mundo que sai de casa tem dinheiro no bolso para fazer compras, então esse é o momento de policial na rua, isso é o básico", afirmou.


Segundo ele, lojistas da região Centro-Sul já criaram uma Rede de Vizinhos Protegidos, por meio do Whatsapp, a fim de minimizar a violência, mas nada substitui o policiamento. "Em caso de qualquer suspeita, o comerciante passa para a rede e o policial vai de imediato lá. É paliativo, mas nós temos que sobreviver", completou.


De acordo com o comandante geral da Polícia Militar, o coronel Marco Antônio Bianchini, o principal obstáculo para o maior efetivo nas ruas é o déficit de pessoal, que hoje é de mais de 10 mil militares.


"Temos uma ação do governo, que nos autorizou a contratar 3.000 policiais, mas que estarão disponíveis somente a partir de 2017. Então, realmente, há uma carência de efetivo policial nas ruas", pontuou.


Conforme ele, para que seja possível aumentar o policiamento no final do ano, a corporação vai colocar policiais das unidades administrativas nas ruas. "Vamos tentar reforçar a presença do policiamento nos centros comerciais para dar uma sensação de segurança maior para o cidadão, principalmente aquele que se desloca para realizar suas compras", declarou.


Para o lojista Maurício Moreira Junqueira, 53, dono de uma loja de tecidos no Barro Preto, na região Centro-Sul da capital, a insegurança é o principal problema enfrentado por quem trabalha com comércio de rua.


"A maioria dos meus clientes são mulheres e nós vemos que há uma preocupação quanto a isso. As pessoas não andam com dinheiro e evitam celular, então a segurança é o primeiro obstáculo para a pessoa deixar de ir para a loja de rua", disse.


Apesar de entender o problema da Polícia Militar, ele acredita que os principais prejudicados são os comerciantes e consumidores. "Em todas as reuniões que nós participamos, a conversa é sempre a mesma: não tem condições, falta efetivo. A gente sabe que os policiais têm interesse de fazer segurança, mas eles ficam de mão atadas", afirmou.


A Polícia Militar não informou quantos policiais atuarão durante o período natalino, porque, de acordo com o major Gilmar Luciano, chefe da sala de imprensa da corporação, o número depende de reunião com a Academia de Polícia Militar, que vai informar quantos cadetes vai disponibilizar para o policiamento, e deve ser divulgado até amanhã.


Drone. Outra reivindicação dos comerciantes é o uso de drone pela Polícia Militar. "Imagina um drone de cima, enviando informações para as viaturas. Com certeza, os marginais vão correr desses locais", afirmou o Lustosa.


De acordo com a corporação, a expectativa é que o equipamento comece a funcionar ainda neste ano, mas desafios relacionados à operação do aparelho podem atrasar a estreia - prevista inicialmente para julho.


"Encontramos algumas falhas que estamos acertando para colocar em prática, é um desejo muito grande, mas temos que respeitar algumas leis e a nossa imaturidade em, hoje,trabalhar com esse equipamento, que requer habilidade e treinamento muito grandes. Não é tão simples como pensávamos a princípio", afirmou o tenente coronel Vítor Araújo, do 1º Batalhão de Polícia Militar.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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